terça-feira, 30 de outubro de 2012

Passou rapido, né?

É galera... O ano tá passando muito rápido. Parece que foi ontem que eu passei o Ano Novo em Brasilia e já estamos quase no fim do ano, de novo.
Esse ano foi marcado por alegrias, tristesas, novas amizades e amizades, que eu pensava que iriam durar bem mais que um ano, desfeitas.
Foi um ano onde eu aprendi que nem todas as pessoas querem o seu bem e que pessoas que você achava que não gostavam de você se preocupam com o seu bem-estar mais do que as pessoas que supostamente são seus amigos. E é foda você se dar conta disso, porque ai você se da conta que aquelas pessoas que, até então, você amava e queria o bem não são seus verdadeiros amigos. Mais eu não posso reclamar muito não, meus amigos, meus amigos de verdade, me consolam, me apoiam e sempre estão comigo... E isso é o que realmente importa. E tem as pessoas que eu conheci esse ano, que estão se mostrando grandes amigas(os).
Outra coisa que tá me deixando pirada, mais eu to amando, é fazer parte da comissão de ambiental (do meu curso). É muito bom, mas é muita coisa... hehehehehe
Bom...  acho que é isso...

Esse ano foi bem produtivo... Mais ainda tem uns meses pra acabar e espero que seja mais produtivo ainda

XD

sábado, 27 de outubro de 2012

Dica: Livro

Bom dia pessoas!
Hoje eu decidi mudar um pouco o rumo do blog e postar umas dicas de livros, já que ler é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, é quando eu tenho um tempo só pra mim, quando eu esqueço do mundo real e entro no mundo da imaginação.
O primeiro livro, na verdade é uma série. É a série "Mortal" da Nora Roberts, escrevendo como J. D. Robb (é... sabemos que é ela mais ainda colocam o pseudônimo, não sei por que). No Brasil já lançara 19 livros (e sim, eu já li todos) e nos E.U.A lançaram 43 ou 44, não lembro bem.
Conta a história da tenente Eve Dallas, no ano de 2058. Os crimes que ela desvenda, sua relação com o todo lindo-maravilhoso-rico-perfeito Roarke, como ele sempre está relacionado  com os crimes que ela esta investigando e como ele sempre a ajuda e a paixão/amor crescente entre os dois. É um livro bem legal, uma história que você fica preso do inicio ao fim. Semana passada eu terminei de ler o 19º livro (Visão mortal), eu simplesmente a-m-e-i, eu ri, chorei, fiquei brava, enfim, um livro ótimo. Ver a evolução de Eve, como ela amadureceu e, acho que posso falar, amoleceu diante do amor que sente por Roarke, e diante do amor dela por ela, é muito bom ver essa mudança. A unica coisa de ruim que acontece é que as histórias são sempre parecidas, mas... Não interfere em nada hehehehe. 
Pra quem se interessar aqui está o site oficial da série. 
O segundo livro, também da Nora Roberts, é o "Regresso". O livro é dividido em dois, a primeira história é "O protetor" e conta sobre como Gwen Lacrosse, ao tentar livrar a mãe do sedutor escritor Luke Powers, se apaixona por ele. O mais engraçado é no final do livro quando ela conta pra mãe, Anabelle, que está apaixonada pelo homem que, supostamente, a mãe também está apaixonada. É um livro leve e gostoso e ler. "Canção do Oeste, a outra parte do livro, conta a história de Sam Evans e Jake Tanner. Sam vai para o sudeste de Wyoming, ajudar a irmã, Sabrina, que está em uma gravidez de risco, quando conhece Jake, um cara dono de uma das maiores fazendas da região que ela confunde com um empregado do cunhado. É muito legal de ver como ela se apaixona aos poucos por ele, mesmo não querendo admitir. E no final quando ele "sequestra" ela com a ajuda da própria irmã dela e do cunhado.
Bom, por hoje é só... Se vocês tiverem alguma dica de post é só colocar nos comentários

domingo, 21 de outubro de 2012

The History of my Life II

Booooooooooa tarde galerinha =]
Hoje eu vou postar mais uma parte da minha fanfic, demoro pra eu terminar a segunda parte mas... Ai vai:


Parte II
Julho 2010

- Filha, acorda - minha mãe me chamou, entrando no meu quarto - a Ana tá no telefone.
- Fala para ela que eu já ligo - disse, com a voz sonolenta e meio dormindo.
- Tá - ela disse - ela falou que é para você retornar logo - minha mãe completou, rindo.
- Tá bom - eu ainda enrolei mais uns 10 minutos, peguei meu celular e liguei para a minha melhor amiga.
- Fala chatonilda - eu a cumprimentei, quando ela atendeu o celular.
- Fala doidona. Já são quase 11 horas da manha - ela respondeu - Bara no shopping assistir um filme?
- Agora?
- Agorinha - ela disse e eu suspirei - Vamos amiga tá passando "A hora do Pesadelo".
- Ai Aninha, sério? - eu perguntei, desanimada.
- O que tá acontecendo, Gabi?
- Sonhei com ele, de novo - o "ele" que eu falava era o Jacoby, meu melhor amigo por anos.
- Putz, Gabi, sério? É a terceira vez nessa semana.
- Eu sei, mais eu não controlo meu sonhos. E ai você vem e me fala que quer assistir esse filme, que faz parte da série favorita do Jake.
- Amiga, se você controlasse seus sonhos eu iria me surpreender - ela disse rindo e eu sabia que era para desanuviar o clima - Agora falando sério, você acha que o Jake iria ficar feliz se soubesse que você tá trancada em casa por cauda dele? E já se passaram 5 anos desde que ele se mudou e tals, Gabi.
- Eu sei, eu sei - eu disse, fazendo biquinho (mesmo sabendo que ela não podia ver).
- Então, amiga, vambora pro cineminha.
- Vamos, vamos.
- Ebaaaaaaaaa.
- Criancinha.
- Sou mesmo, e daí? - ela disse e agente riu.
- Te encontro ai na sua casa daqui a uma hora.
- Belezinha.
Conversamos mais um pouco e desligamos. Eu fui tomar banho e me trocar. Vesti uma calça jeans skinny preta, meu All-Star verde e minha camisata com estampa do Avenged Sevenfold. Prendi meu cabelo num rabo de cavalo, peguei meu celular,  a carteirinha do colégio e o dinheiro. Tava terminando de passar o rimel quando meu irmão entrou no quarto.
- Uii, se produzindo toda, não adianta não, Gabs, vai ser dificil ficar bonita.
- Vai a merda, Jimmy.
- Ahhh! Isso é mel para meus ouvidos - ele disse, rindo - Fazia temopo que você não me mandava ir a merda.
- Você é pirado, irmãozinho.
- Irmãozinho é a...
- James olha a boca - minha mãe que ia passando pelo corredor, falou - Onde você vai?
- Vo lá na casa da Ana, mãezinha - eu disse - e depois a gente vai no cinema e almoçar lá no shopping mesmo.
- Tá - ela concordou - você tem dinheiro?
- Ah, acho que o que eu tenho dá.
- Aiai, Gabi, pega mais uns 50 reais lá no potinho - ela disse e eu fui pegar.
- Prontinho.
- Tchau filha.
- Tchau mãe - eu me despedi dela com um beijo na bochecha dela - tchau pra você também, seu chato.
- Tchau, chata - ele disse e eu dei um beijo na bochecha e um abraço nele.
- Te amo irmãozinho.
- Também te amo - ele disse. Eu peguei minhas chaves e sai.
Andei durante mais ou menos cinco minutos até a casa da Ana, já que ela morava na mesma rua que eu. Nós tinhamos nos tornado inseparaveis desde a mudança do Jake (apesar de sermos amigas antes, depois que ele mudou de cidade nós nos tornamos melhores amigas, quase irmãs).
- AAAAAAAAAAAAAANA - eu gritei, batendo na porta.
- JÁ VOU GABS - eu a ouvi gritar do outro lado da porta, dois minutos antes dela abrir a porta - vambora que eu to com fome. Tchau mãe - ela falou, um pouco mais alto, antes de fechar a porta e me abraçar - Como você tá, amiga? Quero dizer, depois dos sonhos você fica mal e tals, hoje você tá muito mal?
- Ahh, Ana não sei, você sabe que eu me sinto estranha depois dos sonhos, eu fico sentindo tanta falta dele, sabe?
- Eu sei, também sinto falta dele, nem imagino você, que era, tipo, a melhor amiga dele anos antes de vocês me conhecerem.
- Ah, nem tanto assim vai? - eu disse, sorrindo - A gente se conheceu na quarta série, quase dois anos depois que eu e o Jake começamos a andar juntos e nos tornamos amigos.
- É... - ela disse - mais eu lembro que vocês eram inseparaveis, onde se encontrava um, se encontrava os dois. Eu achava linda essa amizade de vocês. Ainda acho, porque mesmo não vendo o Jake há cinco anos você ainda ama ele, ainda lembra e sobre por ele não estar aqui, com você. E mais, acho que vocês sempre foram apaixonados um pelo outro. Não sei ele, mais você ainda continua. Prontofalei - ela disse, sorrindo pra mim, que estava estupefada, claro que eu amava o Jake e sentia falta dele, qualquer um sabia, mais estar apaixonada? COMO ELA PERCEBEU? EU ESCONDI DE TODO MUNDO QUE EU ERA APAIXONADA PELO MEU MELHOR AMIGO.
- Ana... - não sabia o que falar para ela. Propositalmente eu havia escondido isso dela, que era minha melhor amiga - eu... eu...
- Calma, Gabs - ela disse sorrindo e percebi que ela não estava chateada comigo.
- Eu não conseguia dizer e muito menos admitir que eu sou apaixonada por ele. Até começar a ter esses sonhos eu achei que tinha esquecido o Jake. É por isso que eu fico tão mal quando eu sonho com ele, é que eu sou completamente apaixonada por ele e sinto tanta falta daquele garoto que machuca - eu disse com lágrimas nos olhos. a Ana veio me abraçar.
- Calma amiga, não chora - nós ficamos abraçadas por mais uns segundos. Eu me afastei, enxuguei as lágrimas que cairam dos meus olhos e sorri.
- Só você para descobrir isso, né? - eu disse e nós duas rimos.
- Eu te conheço como ninguém, Gabisinha - ela disse - eu te conheço como ninguém.
- Eu sei - eu disse - eu devia ter te contado.
- Você só ia confirmar minhas suspeitas - ela disse - quando vocês se olhavam ficava claro que vocês eram apaixonados um pelo outro. Além dos olhares que lançavam quando achavam que ninguém tava olhando - ela disse e eu fiquei vermelha, certeza absoluta.
- Ele lançava olhares também? - eu perguntei.
- Lançava - ela disse, sorrindo - todo mundo na sala sabia que vocês se gostavam.
- Mentira - eu disse, ficando vermelha de novo.
- E quando você mudou de escola na sétima série, todo mundo teve certeza absoluta.
- Até o Pedro?
- Principalmente ele - ela disse, olhando nos meus olhos.
- Mais tava na hora dele saber já - eu disse baixinho - nós só ficamos uma vez e ele queria namorar. Eu só tinha treze anos, não tinha idade para namorar.
- É amiga - ela concordou - só não precisava esfregar na cara dele o que você setia com o Jake.
- Mas eu não disse nada.
- Só mudou de escola logo depois que ficou com ele e tinha acabado de fazer um ano que o Jake tinha mudado. Ficou claro como água cristalina para ele.
- Droga - eu disse - eu... eu...
- Eu sei amiga, não é de você fazer isso e eu nem pensaria isso de você.
- Ainda bem que eu tenho você como amiga, Ana. Te amo muitão sua chata.
- Também te amo, bobona.
Nós caminhamos durante cinco minutos até o metro e depois que saimos caminhamos mais dez minutos até o shopping. Nós assistimos "A hora do Pesadelo" e depois fomos almoçar no Spoleto (um restaurante maravilhoso de comida italiana). Quando estavamos fazendo nosso pedido senti uma mão no meu ombro e olhei assustada, só para ver os olhos mais lindos desse mundo e o sorriso que eu mais amava nesse mundo.
- Eu não acredito! - Jake exclamou - Gabi.
- Jaaaaake - eu praticamente gritei e pulei nos braços dele, o abraçando - que saudade, você não sabe o quanto eu senti a sua falta.
- Eu também, Gabs - ele disse e deu um beijo na minha bochecha - senti tanto a sua falta - nós ficamos abraçados por mais uns minutos, mais por fim eu me separei dele, relutante - Ana, também senti sua falta - ele disse e a abraçou.
- Também, Jakezinho que não é mais inho. Cara, como você cresceu, tá mais alto que eu - ela disse e nós três rimos.
- Nossa é verdade, nem da mais pra te chamar de Jakezinho - eu disse.
- Pois é, agora eu vou ter que chamar vocês de Gabisinha e Aninha - ele disse, ainda rindo.
- É... - eu disse e olhei pro Jacoby - Com quem você tá aqui, Jake?
- Ah! Com um amigo, o Davi - ele disse - vamos lá que eu quero apresentar vocês pra ele - ele completou. Nós pegamos a bandeja e fomos até a mesa que ele indicou.
- Davezinho - ele disse, dando um tapa na cabeça do garoto que tava sentado e eu não pude deixar de notar que o Jake tinha realmente crescido. Ele tava com mais de 1.85m de altura, tinha cortado os cabelos e tinha ganhado uns musculos. Até o estilo tinha mudado, ele tava com uns jeans mais justos, uma camiseta do Guns'n'Roses e uns tenis adidas. Eu suspirei mentalmente e ele continuou falando com o garoto - Essas aqui são minhas amigas do colégio que eu estudava. Essa é a Ana - ele disse apontando pra ela - e essa aqui é minha melhor amiga, a Gabi - ele me apresentou e eu vi o Davi olhando paro o Jake e arqueando a sobrancelha - e esse é o Davi meninas - ele disse.
- Prazer em conhecer vocês meninas - ele disse.
- Prazer em conhecer você também, Davi - a Ana, que era mais simpatica que eu, disse.
- Prazer, Davi.
- Então quer dizer que você é a Gabi do Jake? - ele perguntou, olhando pra mim que só arqueei a sobrancelha - Quer dizer, ele só fala em você, o quanto sente sua falta, em como, durante um tempo, só tinha você como amiga, que você era a unica garota que sabia tudo sobre ele e blá, blá, blá - ele completou e eu olhei pro Jake, que tava com a cabeça baixa, mais eu pude ver que ele tava vermelho.
- Ahm, acho que sou eu - eu disse, encabulada.
- Ah! Só pra saber mesmo - ele disse, sorrindo - Sabe, de tanto que o Jake falou em você, eu sinto como se já te conhecesse a anos - ele disse, rindo. E eu fiquei supersemgraça e eu pude notar que o Jake também.
- Ahhh! Mentira - a Ana disse - a Gabi também não para de falar nele.
- Que mentira, Ana - eu disse e lancei um olhar maligno para ela, que estava sentada de frente pra mim, já que o Jake estava sentado do meu lado e o Davi do lado dela.
- O que? - ela disse, se fingindo de inocente - Não disse nada de mais. Você não para de falar nele e até sonha com ele. Hoje tive praticamente que te obrigar a vir, porque você tava toda deprê com o sonho - quanto mais ela falava, mais eu ia ficando vermelha.
- Ana... - eu disse.
- Ai, Gabi, desculpa amiga, mais... Sabe como é, né? - ela disse e depois olhou para o Dave - todo mundo no colégio sabia que um era apaixonado pelo outro, só eles não viam. Diziam que eram melhores amigos e tals.
- AH! O Jake ainda fala isso, mais dá pra notar que ele gosta dela, só pelo brilho no olhar dele quando fala dela.
- Dave.
- Ana - eu e o Jake gritamos ao mesmo tempo o nome dos nossos amigos.
- Que foi? - a Ana perguntou com cara de inocente.
- É cara, não falei nada demais. Só a verdade - o Dave falou. Ee e o Jake nos olhamos, ambos constragidos.
- Aff Ana, você é uma retardada.
- Ihhh, Gabs, eu sempre soube disso - o Jake disse, sorrindo - e o Dave também é. Eles fazem um par perfeito - ele completou.
- Vishh, o casal aqui é você e a Gabi, Jake - o Dave falou.
- Beleza, vamo mudar de assunto - eu disse e virei pro Jake - não sabia que você tava na cidade.
- Cheguei ontem - ele disse - eu o Dave e uns amigos nossos viemos terminar o ensino medio aqui, no colégio Excelcior, conhece?
- Mentira - eu a Ana dissemos ao mesmo tempo.
- Sério - o Jake disse - Por que essa reação?
- É o colégio que a gente tá estudando - eu disse.
- Você mudou de colégio?
- Pra você ver Jake, nem aguentar a ficar no nosso colégio antido ela conseguiu - a Ana disse - ela ainda fez a sétima lá, mais na oitava ela mudou de colégio e como o Excelcior é mais perto de casa eu mudei também - eu lancei outro olhar pra ela, que apenas sorriu.
- E os seus outros amigos, quando a gente vai conhecer, Jake?
- Então, daqui a pouco eles chegam, a gente combinou de se encontrar aqui e depois ir ensaiar.
- Ensaiar? - eu perguntei.
- É, a gente tem uma banda - ele respondeu - o Papa Roach.
- Sério?
- Sério - ele disse, sorrindo - a gente toca punk rock.
- Que legal - eu disse, sorrindo também.
- A gente já tem até um CD demo gravado.
- E você faz o que na banda?
- Eu canto - ele disse - e o Dave toca bateria.
- Sério? - a Ana perguntou.
- Ihhhh! Não fala isso, a Ana é vidrada num baterista. Ringo Star, John Bonham, Bonfá e outros ai - era minha vez de zoar a Ana (muahaaaaaahaaaa).
- Humm - o Jake disse e olhou para mim, ele tinha entendido que era nossa vez de zoar os dois agora - Sério, Gabi? Bom eu mostrei pra ele a foto que a gente tirou, sabe, aquela que nós três estamos sentados na calçada da sua casa? Aquela que o Jimmy tirou?
- Ahhh, sei, sei.
- Então, o Dave ficou todo interessado na Ana.
- Mentira.
- Sério - ele disse e eu podia ver que os dois é que estavam constrangidos agora. Eu e o Jake nos olhamos e começamos a rir.
- Aff, vocês dois são muito chatos - o Dave disse, emburrado.
- Ihh, você não viu nada - a Ana disse, meio vermelha - esses dois quando se juntam, são impossiveis... Ninguém aguenta.
- Mas... Você ama a gente - eu disse, fazendo carinha do gato so Shrek, eu olhei pro Jake e ele tava fazendo a mesma carinha nós não aguentamos a começamos a rir, até os dois mal humorados riram com a gente.
- Aff, retardados - a Ana e o Dave disseram juntos, o que desencadeou mais risadas minhas e do Jake.
- Nossa deve ser uma coisa muito engraçada pros dois estarem rindo igual dois loucos.
- Jerry! - o Jake exclamou e levantou para comprimentar o garoto que tinha falado - Como você tá?
- Eae cara, to bem e você?
- Bem também - o Jake respondeu e apontou pra mim e pra Ana - Essa é a Gabi, não fala nada, já basta o Dave - ele advertiu o garoto - e essa é a Ana.
- Prazer em conhecer vocês - ele disse e apesar da advertencia do Jake, completou, olhando pra mim - principalmente você, já que ouvi o Jake falar de você e lamentar por não estar com você durante quase cinco anos - ele disse sorrindo.
- Jerry - o Jake disse e eu ri.
- Vish, Jake, o culpado é você que não para de falar de mim - eu disse e abracei ele, que tava fazendo biquinho - Nããão, o biquinho não - eu disse, a Ana e o Jake riram e os meninos ficarão sem entender nada e eu expliquei - quando a gente estudava junto e eu zoava o Jake, depois que nos tornamos amigos, ele fazia esse biquinho gatinho dele e fazia eu me sentir culpada.
- Aff, Jake, apelação, hein cara? - o Dave disse, rindo também.
- Ahh, eu sei jogar baixo - ele disse, rindo.
- Bom, ja conhecemos dois - a Ana disse - quem mais falta pra gente conhecer?
- O Tobin e o Tony - o Jake respondeu - eles devem estar chegando.
- Já tão sim - o Jerry disse - o Tony me ligou e disse que eles tavam saindo de casa faz uns vinte minutos.
- Eles moram juntos? - a Ana perguntou.
- É, a mãe do Tobin casou com o pai do Tony, ai eles vieram morar aqui, por isso a gente se mudou também, fora que a cidade que a  gente tava morando era bem pequena e não tinhamos oportunidade nenhuma.
- Ahhh! Entendi - a Ana disse.
- E olha esses ai - o Jerry disse, levantando e indo ao encontro de dois garotos. Um era mais alto, com o cabelo bem preto e quase batendo nos ombros e olhos puchados o outro era um pouco mais baixo e tinha os cabelos encaracolados. Quado eles chagaram na nossa mesa, os apresentou pra gente - Meninas, esse é o Tony - ele disse apontando pro mais baixinho - e esse é o Tobin - ele disse, apontando para o outro garoto - e essas são a Gabi e a Ana - ele disse, apontando para mim e para a Ana, respectivamente.
- A Gabi do Jake? - o Tobin perguntou, olhando pra ele.
- É - o Jake respondeu, carrancudo.
- Nossa, prazer em conhecer você - o Tobin disse e eu apenas sorri e reparei que o outro garoto, o Tony, só olhou pra mim e não falou nada.
- Eae, vocês fazem parte da banda também? - a Ana perguntou, tentando mudar de assunto.
- Só eu - o Tobin respondeu - o Tony era guitarrista de uma outra banda, mais ai como nós mudamos para cá, ele saiu da banda.
- É - ele disse - mas... Tava tendo uns problemas na banda também, era dificil conciliar horarios e tals, porque eu estudava de manha e os outros estudavam de noite, ai quase não tinhamos tempo de ensaiar.
- Nossa, tenso.
- Nada, tudo certo - ele disse, mais eu pude notar que doia nele ter saido da banda dele.
- Bom, vocês vão agora? - eu perguntei.
- Já - o Jake respondeu - só viemos aqui porque eu queria comer no Spoleto. Amo esse restaurante.
- Ainda é seu restaurante favorito? - eu perguntei.
- Poderia ser outro?
- Nop - eu disse, sorrindo e reparando que os gostos do Jake não tinham mudado quanto eu tinha pensado.
- Bom, vamos? - ele perguntou pros meninos.
- Bora - eles responderam e o Dave completou - Vocês querem vir com a gente?
- Claro que sim - a Ana disse ao mesmo tempo que eu dizia:
- Ihhh, não vai dar não.
- Por que, Gabs? - o Jake me perguntou.
- Então eu já vou no ensaio da banda do Jimmy - eu respondi.
- Quem é Jimmy? - o Jerry perguntou - Seu namorado? - ele completou e eu, o Jake e a Ana começamos a rir e os meninos ficaram sem entender nada, de novo.
- Nuuuuunca - eu respondi, fazendo cara de nojo.
- Jimmy é o irmão mais velho dela - o Jake respondeu - vocês conhecem a banda dele, eu já mostrei pra vocês. É o Avenged Sevenfold [n\a: ahhhh, tinha que colocar o The Rev como meu irmão *-------*].
- Ahhh sim - o Tony que falou - eles são bons.
- Ah! Os meninos vão ficar felizes, eles acham que eu falo que eles são bons só porque eu sou irmã do Jimmy.
- Até eu já falei que eles são bons - a Ana disse - e eles não acreditam.
- Perai - eu disse, olhando pro Jake - como você conhece a banda do meu irmão? Quando você foi embora eles ainda eram uma banda cover, não tinham nem música propria ainda.
- Então, eu pesquisei na internet - ele disse, sorrindo - Eu queria saber se eles ainda tocavam e tals ai eu achei e baixei umas músicas e depois mostrei pros meninos.
- Ahhh, entendi - eu disse - Ei, eles vão tocar num barzinho perto de casa nesse fim de semana, vocês querem ir?
- Claro - os meninos disseram, em coro.
- Então combinado - eu disse - eu vou pedir uns ingressos pro meu irmão... ele nunca chama ninguém mesmo - eu completei.
- Belezinha - o Jake disse.
- Bom pessoas, eu vou indo - eu disse e fui abraçar os meninos e a Ana, quando eu fui abraçar o Jake ele disse:
- Eu te amo, Gabs... mesmo - ele olhou nos meus olhos e sorriu.
- Eu também te amo, Jake - eu disse e dei um beijo na bochecha dele - Bom... to indo. Até mais.
- Gabi - eu ouvi o Jake me chamando.
- Oi.
- Me passa o número do seu celular? - ele perguntou e eu passei pra ele e ele passou o número dele pra mim.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

No Matter What

Pessoas que talvez leiam meu blog =) resolvi publicar o que eu tenho escrito de "No Matter What" em um unico post... Acho que fica mais fácil de ler :)
Bom... a fic já tá quase terminada (espero)...


Parte I

Eu estava assistindo a mais uma aula chata: Química. Eu até que gostava da matéria, mais o professor era chato, não sabia explicar, eu não entendia nada que ele falava e odiava ele. Tinha como ser legal?
Eu e meus amigos estávamos conversando e rindo muito quando vieram me chamar. Alguém estava procurando por mim.
Quando eu cheguei na sala da coordenadora me deparei com dois homens. Ez e Win. Meus melhores amigos. Eu abracei Ez, ou melhor, ele me abraçou me levantando do chão. Toda vez que ele fazia isso eu me assustava. Tudo bem, ele tinha quase dois metros e quinze, mais eu também era alta, eu tinha um metro e setenta e cinco, mais ou menos. Ele me colocou no chão e eu abracei o Win, nós nos abraçamos como pessoas normais [n/a: como ser abraçada pelo Ez não fosse normal] já que ele era poucos centímetros mais alto que eu.
Eu os tinha conhecido dois anos atrás, quando eu tinha caído de bicicleta em frente à casa deles e torcido o pé. Eles me levaram pro médico e depois pra casa. Sorte que eu tive só uma luxação. E desde aquele dia os dois tinham se tornado meus melhores amigos.
No inicio eu achei que meus pais iriam desaprovar minha amizade com eles, pois eles eram quase quinze anos mais velhos que eu.  Eu tinha dezessete, quase dezoito – já que eu fazia aniversário em novembro e já estávamos no fim de setembro –, o Ez tinha 30 e o Win 28.
- Hey amores da minha vida, o que vocês estão fazendo aqui?
- Pensamos em vir te buscar. Já ta terminando sua aula, não ta? – o Win falou.
- Ta sim, só falta meia hora – eu disse, fazendo careta.
- Ta, a gente vai te esperar – Ez disse, ignorando minha careta.
- Ok – eu disse – O que a gente vai fazer hoje? – sim eles vinham me buscar na escola quase todo dia, na verdade eu morava mais na casa deles do que em casa. Bem eu estranhei eles me chamarem, pois eles sempre me esperavam lá fora.
- Bom a gente tava pensando em ir almoçar e ir no cinema. O irmão do Kyle, o Jacoby, ta aqui. Você ainda se lembra dele? – claro que eu me lembrava. Eu tinha uma paixão platônica por ele desde o ano passado, quando o Ez e o Win nos apresentaram – Aliás, quem não se lembra no Jacoby Shaddix.
- Lembro – eu respondi, tentando não parecer tão empolgada. E pelo visto não consegui, já que ambos tinham um sorriso no rosto. Obviamente me fiz de desentendida – O que?
- Ah Gabi, você não nos engana – Ez disse, passando o braço sobre os ombros de Win, que o abraçou pela cintura - você gosta dele desde que o conheceu.
- Ahh! É verdade, mais pelo menos vocês podiam fingir que eu engano – eu disse e nós três rimos.
- Ta bom, Gabi, ta bom, a gente finge que você engana – Win disse e nós rimos de novo.
- Eu vou voltar pra aula agora – eu disse, fazendo careta – é química.
- Ta, vai lá Gabi – Ez disse – Até daqui a pouco.
Nem preciso dizer que voltei rindo pra sala, né? Passei os minutos restantes da aula de muito bom humor. Quando eu sai, não vi nenhum dos dois então fiquei conversando com meus amigos.
Nós estávamos rindo de alguma piada quando eu ouvi alguém me chamar, eu olhei assustada, reconhecendo aquela voz.
Então eu o vi. Ele estava encostado na moto preta dele, com aquela jaqueta de couro, também preta, que eu tanto amava e uns jeans velhos que o deixavam mais lindo ainda combinando com uns adidas pretos com detalhes em vermelho. Simplesmente lindo.
Me despedi dos meus amigos e fui me aproximando dele, percebendo que ele tinha cortado os cabelos.
- Oi Jacoby.
- Oi Gabi – ele disse, me abraçando demoradamente [n/a: lembro de um abraço muito bom que eu recebi] – o Ez e o Win me mandaram aqui. Eles já estão no restaurante.
- Hum.
- Acredito que eles ainda não desistiram de nos juntar.
- É.
- Gabi, você ta bem?
- To, por quê?
- Nada, nada – acho que ele percebeu que eu estava desconfortável com o assunto, pois ele ainda me lançou um olhar para mim.
- Jacoby, eu to bem, sério. É só que eu to cansada. A ultima aula foi química e eu to um pouco desgastada mentalmente.
- Hum. Ok – ele pareceu um pouco triste, pensativo – vamos?
- Vamos – eu vi o Dani me olhando. Eu o conheci quando eu tava no primeiro ano do colegial, quando eu gostava dele. Bom eu o achava bonitinho e nossa relação – se é que posso chamar assim – era baseada na troca de olhares. Eu detestava isso. Mas quando eu conheci Jacoby, eu esqueci todos os garotos por quem eu havia tido uma queda ou ficado. Até mesmo o Rick Martin, por quem eu tinha, digamos assim... Uma paixão platônica, eu tinha deixado de gostar.
Voltando. Ele me deu o capacete, eu coloquei e subi na moto, atrás dele. Eu, obviamente, me aproveitei o máximo da situação, e olha que situação a minha, hein? Ele era quase dez centímetros mais alto que eu e bem definido. Foi tenso, mais muito bom.
Nós chegamos no restaurante e nos sentamos com Ez e Win.
- Oi – eu os cumprimentei
- Fala Gabi. Tudo certo? – Ez perguntou, me olhando nos olhos.
- Claro. Vocês já pediram algo?
- Só cerveja – eu torci o nariz, detestava cerveja.
- Bom, eu quero uma Smirnoff ice – eu disse e o Ez pediu minha Smirnoff e uma cerveja pro Jacoby.
Foi uma tarde agradável, nós almoçamos e depois fomos ao cinema. Quando nós saímos do cinema passamos na minha casa, deixamos meus livros e pegamos os da aula do dia seguinte e umas roupas. Eu ia dormir na casa do Ez e do Win. Como o Jacoby ia também nós dois decidimos assistir a uns filmes. Mais ele acabou assistindo sozinho, porque eu acabei dormindo na metade do primeiro. Eu estava muito cansada. Nós estávamos no colchão chão da sala e quando eu acordei, nós estávamos de conchinha, ele com o braço na minha cintura.
Eu tirei o braço dele da minha cintura e tentei levantar, mais ele me puxou pra baixo, ficando por cima de mim. Não tinha percebido que ele tava acordado.
- Aonde você vai? – ele perguntou.
Vou me arrumar. Já são quase seis horas e eu tenho que ir pra escola – eu falei tentado me afastar dele. Era um tanto perigoso ficar ali, eu podia ceder à tentação e beijá-lo.
- Ok – ele disse mais não me soltou imediatamente. Ele me encarou mais uns segundos e me deixou sair.
Eu peguei minha mochila e fui para o banheiro. Tomei banho, escovei os dentes, me troquei e fui tomar café, tudo isso em menos de meia hora.
Quando eu cheguei na cozinha o café estava pronto e o Jacoby, só de boxer, estava preparando uns sanduíches.
- Já ta pronta? – ele me perguntou
- Já sim – eu respondi
- Senta ai, o seu sanduíche já ta quase pronto. O que você leva de lanche para a escola?
- Só suco de laranja, que o Win faz pra mim.
- Ta – ele disse. Eu sentei e servi café pra mim e pra ele. Quando ele terminou nossos lanches veio e se sentou no meu lado. Nós comemos em silencio.
- Eu vou acordar os dois – ele disse de repente.
- Ok.
- Não precisa, já estamos aqui – Ez disse, entrando na cozinha e logo sendo seguido pelo Win – Bom dia.
- Bom dia – eu e o Jacoby respondemos. O Win murmurou algo, que nós entendemos como sendo um bom dia.
- Gabi, você quer que eu te leve pra escola? – Jacoby me perguntou.
- Quero, sim.
- Espera só um pouquinho que eu vou me trocar, ok?
- Ok.
- Tem café pronto. Até daqui a pouco – Jacoby disse quando voltou. Até parece que os dois ainda não tinham visto.
- Até mais pessoal – eu disse, abraçando um de cada vez.
Mais uma vez nós fomos de moto e mais uma vez me aproveitei da minha difícil – aham – situação.
O caminho até minha escola durou menos de vinte minutos. Nisso já eram quase sete horas – ainda tinha uma hora até bater o sinal.
- Hã, então. Acho melhor eu entrar – eu disse.
- Fica mais um pouco, ainda ta cedo. Sei que suas aulas só começam ás oito.
- Ta – eu disse. Nós ficamos em silêncio durante alguns segundos, nos encarando. Então eu lembrei que quando eu falei que eu só estava cansada quando ele me perguntou se eu estava bem logo depois que ele comentou sobre o Win e o Ez ainda não terem desistido de juntar a gente, ele ficou triste - Por que você ficou triste ontem? Antes de subir na moto?
- É complicado Gabi.
- Eu entendo. Sabe, posso parecer, mais não sou burra – eu brinquei.
- Você não é burra – eu estranhei a agressividade na voz dele.
- Hey, calma, só estava brincando.
- Desculpa – ele disse, pegando minha mão – sério.
Jacoby olhou nos meus olhos e ficamos assim por um tempo apenas nos encarando. Ele começou a aproximar seu rosto do meu, ainda me olhando. A boca dele ficou a centímetros da minha, eu sentia a respiração dele em meu rosto, ele me olhou profundamente e selou nossos lábios.
Foi diferente de todos os beijos e foi, sem duvida nenhuma, o melhor. No inicio foi um beijo delicado, calmo. Depois ele me puxou, colando nossos corpos e aprofundando mais e mais o beijo. Tudo o que eu sabia é que não queria parar de beijá-lo nunca mais.
Por fim, foi ele que quebrou o beijo, estávamos ofegantes, tentando recuperar o fôlego.
- Eu vou entrar – eu disse quando eu consegui recuperar o fôlego.
- Ok, tchau Gabi – ele me deu outro beijo, menos demorado. Eu me virei e entrei na escola, só olhando pra traz uma vez, para acenar para o meu Jacoby.
Eu subi as escadas e fui direto pra minha sala e como de costume só estavam o Beto e a Dani.
- Ai credo – eu disse assim que entrei na sala – isso é cena pra se ver antes das oito da manha?
- Ai credo Gabi, vai se foder, não tinha ninguém na sala. São só uns beijinhos – o Beto disse.
- E pelo estado da sua boca, você já deu uns beijos hoje – a Dani comentou e eu toquei meus lábios automaticamente – e pelo visto foi um beijo dos bons.
- Ai caralho – eu disse meio rindo, meio constrangida – E vocês estavam praticamente tirando as roupas um do outro. Queria só ver se outra pessoa tivesse entrado na sala.
- Mais a gente se ama Gabi – a Dani disse, fazendo coração com a mão.
- Ok, ok. Ta todo mundo in love – eu disse, rindo. Eu me sentei no meu lugar, peguei meu celular, meu fone e coloquei no ultimo volume. Eu estava escutando papa roach, afinal, o que mais eu iria escutar?
Depois de um tempo a Bia e a Duda chegaram, eu tirei meu fone e comecei a conversar com elas. Tava quase batendo o sinal quando a Lu e o Mi, que também estavam namorando, chegaram. Nós sete estávamos conversando quando o professor de inglês entrou na sala.
As aulas passaram bem rápidas, quando eu vi o sinal da ultima aula já havia tocado e já tava na hora de ir embora.
- Eaew, Gabs, vai ficar ai mesmo? – a Bia perguntou.
- Não, já to indo, só vou guardar meu estojo e meu caderno.
- Ta, mais vai rápido, se não a gente vai perder o ônibus e o outro só passa depois de meia hora.
- Calma, calma, já to indo – eu disse – vamos.
- Vamos.
Nós fomos para o ponto rindo, felizes, não tinha sido um dia ruim, as aulas até que não tinham sido tão chatas e todas, sem exceção, estávamos apaixonadas.
- Gabi me conta quem é o cara, por favor – a Duda disse, fazendo aquela cara do gato do Shrek.
- Aff gente, será que vocês só vão falar disso agora? – eu perguntei
- Siiim – todos disseram ao mesmo tempo.
- Aff, como vocês são chatos – eu brinquei – mas, vamos lá. Vocês se lembram do Ez e do Win?
- Claro, seus melhores amigos e pans – o Mi disse.
- Bem, é. Não que eu não considere vocês meus amigos do peito, ta?
- Gabi a gente sabe. Agora termina de contar que agora eu é que to curioso – o Mi disse de novo. E todo mundo riu.
- Bom, faz um ano ele me apresentaram um amigo deles, o Jacoby Shaddix, ele tem uma banda e pans, o Papa Roach, que por sinal é minha banda favorita desde que eu conheci – acho que não precisava dizer essa parte, mas... – então, eu me apaixonei por ele e, até essa manha, eu achava que ele me considerava apenas uma amiga.
- Como assim? – a Duda perguntou.
- Bom, eu vou contar a história toda pra vocês – eu disse e comecei a contar tudo o que tinha acontecido naquela manha. Eles ficaram de boca aberta.
- A Gabs ta namorando, a Gabs ta namorando – o Mi e a Bia começaram a cantar.
- Para gente – eu falei, ainda rindo – Vocês estão me deixando constrangida, tão parecendo dois loucos – eu disse, fingindo estar constrangida e depois rindo, seguida por todo mundo, ou seja, o Mi, a Bia, a Duda e a Lu já que a Dani e o Beto tinham ido pra casa dele fazer sei lá o que. [n/a: duplo sentido? Imagina].
- Então, vocês tão juntos ou não? – a Lu perguntou.
- Não exatamente – eu disse – foi só um beijo – eu parei pra pensar um pouco – Não, foi o melhor beijo da minha vida.
- Uau – a Lu disse e todo mundo riu.
- Ai gente, acho que to in love.
- Own Gabs, agora só falta a Duda falar pro Gu o que ela sente – a Bia disse.
- É verdade Duda, quando você vai falar pro meu primo o que você sente por ele? – o Mi perguntou.
- Ai gente, só porque todo mundo ta in love, não quer dizer que eu também to – a Duda disse, ficando irritada.
- Duda, amiga, você é apaixonada pelo Gu desde a festa de quinze anos da Dani – eu disse, lembrando de quando o Mi apresentou o Gu pra gente.
- É verdade, amiga – a Lu concordou comigo.
- Bom galerinha, é aqui que eu me despeço de vocês – eu disse, puxando a cordinha pra dar sinal e indo para a porta.
- Tchau – meus amigos disseram ao mesmo tempo.
- Tchau cambada, vê se não arrastem muito, viu? – eu disse, zoando eles – vocês já me envergonharam muito por hoje – eu disse rindo sendo seguida por eles.
Quando eu desci do ônibus, ainda tava rindo. Eu peguei meu celular e meu fone e coloquei “Last Resort” para tocar, era uma música muito foda, que eu amava muito. Eu fui caminhando devagar, pensando em tudo o que tinha acontecido naquela manha, em como eu estava apaixonada pelo Jacoby, era tão intenso o que eu sentia por ele que eu queria gritar para o mundo e... Opa, eu conheço essa moto. O que ela ta fazendo na porta de casa? O que o Jacoby ta fazendo em casa? Quem abriu a porta pra ele? Por que ele ta aqui em casa? Eu peguei minha chave na mochila e abri a porta.
- Jacoby? – eu gritei – Mãe? Pai?
- Estamos na sala – minha mãe disse, e depois completou – Não sabia que você tinha um amigo tão engraçado.
- Mãe, o que a senhora ta fazendo em casa essa hora?
- Eu vim almoçar em casa. Eu sabia que hoje você não ia sair com o Win e o Ez, então resolvi fazer o almoço.
- Hum! Jacoby? – eu olhei interrogativamente pra ele.
- Então, hã, Gabi, eu precisava falar com você.
- Sobre?
- Bom, meio que é particular, sabe.
- Ta, vamos pro meu quarto – eu disse.
- Ok.
- A gente já volta mãe – eu disse indo dar um abraço na minha mãe.
- Ta bom filha, eu vou esquentar o almoço. Você almoça com a gente Jacoby?
- Claro – ele respondeu.
- Ótimo – minha mãe disse.
- Vamos?
- To te seguindo.
Nós subimos pro meu quarto, quando ele entrou eu fechei a porta e joguei minha mochila na minha cama. Meu quarto não era arrumadinho, era até meio bagunçado. Tinha uns pôsteres do Ramones, da Legião Urbana, do Sex Pistols, do Escape the Fate e, obviamente, do Papa Roach, que o Ez tinha me dado. Perto da porta tava uma escrivaninha, com meu notebook, uma impressora, e algumas fotos. Minha cama, que tava até que arrumada, só minha mochila que tava em cima dela. E, finalmente, meu guarda-roupas. Bom, ele olhou tudo e depois ficou olhando para um ponto e parecia surpreso. Eu olhei para onde ele tava olhando e fiquei vermelha. Era uma foto nossa que estava na minha escrivaninha e estava, digamos assim, numa posição estranha. Ela era a única que tava virada para a cadeira onde eu sentava pra usar o notebook. Obviamente ele percebeu isso.
- Hã... Eu... É – eu não tinha palavras para explicar isso. Eu olhei para o rosto dele e ele tava sorrindo, tava um pouco vermelho também.
- Gabi, eu preciso conversar com você sobre o que houve essa manha.
- O beijo.
- É o beijo. Primeiro. Por que você entrou na escola tão rápido?
- Bom, eu não sei, realmente.
- Acho que eu nunca disse pra ninguém o que eu vou te dizer agora.
- O que? – eu tava apreensiva.
- Eu to – ele respirou profundamente, com se precisasse de coragem, ou algo assim – eutoapaixonadoprovocê – ele disse muito rápido.
- Jacoby – eu disse – fala mais de vagar, por favor.
- Eu to apaixonado por você – ele disse.
- Você ta... apaixonado por mim? – Eu perguntei, não acreditando.
- Sim, eu te amo Gabi, faz um tempo – ele disse – Olha eu sei que eu sou quase dez anos mais velho que você e tudo o mais, sei que você não...
- Eu também to apaixonada por você – eu disse interrompendo ele – faz um tempo também. Ou você acha que essa foto tá desse jeito porque eu fico olhando pra mim? – eu perguntei, brincando.
- Pois deveria – ele falou se aproximando de mim e me abraçando e me beijando – Deveria mesmo Gabi – ele disse de novo – Eu lembro direitinho dessa foto – eu também lembrava – Foi no dia que a gente se conheceu e no dia que eu me apaixonei por você.
- Foi no dia que eu me apaixonei por você, também – eu disse, olhando pra ele. Ele sorriu e foi aproximando seu rosto do meu.
- Gabi, Jacoby vocês vão vir almoçar? – minha mãe nos chamou. Eu e o Jacoby sorrimos.
- Já estamos indo mãe – eu disse. Ele me deu um selinho e nós descemos as escadas.
Nós almoçamos, minha mãe fez um monte de perguntas para nós. Bom, acho que o que ela queria saber era se nós estávamos namorando.
- Mamãe, seja direta – eu falei – a senhora que saber se nós estamos namorando, não é?
- Filha – ela fez voz de quem estava indignada, mas logo sorriu e falou – Bem na verdade é sim.
- Pra falar a verdade mãe, ninguém me pediu nada ainda – eu disse, olhando naqueles olhos verdes que eu tanto amava.
- Não seja por isso – Jacoby disse e veio em minha direção e se ajoelhou na minha frente – Gabi, amor da minha vida [n/a: desde que eu conheci o papa roach eu imaginei ele falando isso pra mim] você quer ser minha namorada?
- Claro que ela quer – minha mãe respondeu por mim. Eu lancei um olhar fulminante pra ela – Desculpa.
- Jacoby, claro que eu quero – eu disse sorrindo. Ele se levantou, estendeu sua mão e eu a segurei. Eu levantei, passei meus braços pelo seu pescoço. Ele passou os braços por minha cintura e nós nos beijamos. Foi um beijo suave, mas me fez esquecer que minha mãe tava ali.
- Ownnn – eu ouvi minha mãe fazendo isso – que bonitinho. Vocês são muito fofos.
Eu e o Jacoby nos separamos, olhamos pra ela e nós três começamos a rir.
- Bom tá tudo muito bem, tá tudo muito bom, mas eu tenho que ir trabalhar – minha mãe disse – Tchau filha, tchau Jacoby.
- Tchau – nós dois dissemos ao mesmo tempo.
- Nossa. Vocês estão muito conectados. Credo – minha mãe disse e nós rimos de novo.
Quando minha mãe saiu nós arrumamos a mesa. Jogamos o resto da comida e colocamos os pratos na lava-louças. Claro que entre essas coisas, nós paramos varias vezes para nos beijar.
Nós estávamos na sala assistindo TV e nos beijando quando meu celular tocou. Era o Win.
- Oi meu querido – eu disse – tudo bem?
- Oi Gabi. Tudo sim e com você?
- Tudo certinho.
- Então amor, o Jacoby tá ai?
- Tá sim, por quê?
- Ah! Por nada. É que ele sumiu. Depois de deixar você na escola, ele voltou e depois de um tempo saiu e não voltou. Sei lá, fiquei com medo de ter acontecido alguma coisa.
- Ixi relaxa, ele tá aqui.
- Ah! Então tá. Beijo amor. Até amanha.
- Beijo amor da minha vida. Até.
Eu desliguei o celular e o Jacoby tava olhando pra mim com a sobrancelha levantada.
- Era o Win, ele tava preocupado com você.
- Merda – ele disse, batendo na testa – eu me esqueci de avisar pra ele pra onde eu ia e de ligar pra ele também.
- Bom agora ele sabe que você tá aqui – eu disse. Eu estava encostada no ombro dele – Mas acho melhor você dar uma ligada pra ele, sabe, pra ele ter certeza de que você tá bem.
- Tá legal, tá legal – ele disse, me beijando. Ele pegou o celular e começou a discar. Eu disse pra ele que iria subir. Eu fui pro meu quarto e sentei na minha cama, pensando no meu recente relacionamento com o Jacoby. Ele era tão lindo. Ele era um pouco mais alto que eu, seu cabelo era preto e ele sempre deixava meio desarrumado, ele tinha os olhos verdes mais lindos que eu já tinha visto. Ele sempre usava uns jeans justos, mais não daqueles apertados de mais, e uns tênis adidas – sério, nunca vi alguém gostar de tênis adidas mais do que ele. E eu adorava o estilo dele, era tão lindo.
Eu estava tão perdida nos meus pensamentos que eu nem vi quando ele entrou no quarto, só quando ele sentou do meu lado e passou os braços pelos meus ombros.
- Você tá bem, meu amor? – ele me perguntou.
- Sim, só estava pensando em quão insano é tudo isso – eu falei – o quanto eu te amo, você me amar, sabe. Eu quase não acreditei quando você me beijou essa manha e depois quando você me disse que me ama.
- Eu sei, eu pensei em tudo isso também. Foi por isso que eu sai da casa do Win e do Ez. Eu precisava pensar e colocar meus pensamentos em ordem, sabe – ele disse, olhando profundamente nos meus olhos – eu precisava me decidir se eu te falava o quanto eu te amo ou deixava quieto. Quando eu te beijei você entrou tão rápido na escola, que eu achei que tinha perdido todas as minhas chances de ficar com você, mais quando eu falei que te amava e você falou que sentia o mesmo eu fiquei muito feliz, acho que eu nunca tinha ficado tão feliz assim, sério.
- Eu acho que eu fiquei assustada com o beijo, até hoje de manha eu nem sequer cogitava a ideia de você querer ficar comigo, eu achava que você me via só como uma amiga.
- E eu achava que você me achava velho de mais pra ser seu namorado ou coisa assim – ele disse, olhando nos meus olhos – eu sou apaixonado por você desde que nos conhecemos.
Eu sorri, lembrando daquele dia.

Flashback on

Eu, o Win e o Ez estávamos indo pra casa deles. Nós tínhamos ido comer e depois ao cinema.
Já eram quase cinco horas da tarde quando a gente chegou na casa deles. Quando nós fomos nos aproximando, vimos uma moto preta e alguém encostado nela. E, MEO ZEOS, era um cara muito lindo, nunca tinha visto alguém mais lindo na minha vida. E olha que o Ez e o Win eram lindos.
- Hey Jake – Win disse, saindo do carro e abraçando o cara lindo.
- Hey, cara, quanto tempo – Ez apertou a mão dele, quando Win o soltou.
- Pois é, vocês não vão mais lá em casa, nem na casa do Kyle.
- Mais você nunca tá na sua casa, você tá sempre viajando quando a gente vai lá - o Ez falou.
- É, mais agora eu to viajando bem menos com o Papa Roach.
- Papa Roach? - eu perguntei, me intrometendo na conversa. Parece que só naquela hora o Ez se lembrou de me apresentar ao cara da moto.
- Putz - Ez falou - Gabi esse é o Jacoby Shaddix, um amigo nosso, Jake essa é a Gabi.
O Jake me cumprimentou com um beijo no rosto e um abraço.
- Então - eu voltei no assunto - alguém vai responder minha pergunta?
- Papa Roach é minha banda - o Jake respondeu.
- Hum! Legal - eu disse, e me virei pros meus amigos - É rock?
- É sim - ele respondeu, sorrindo - no meu Ipod tem umas músicas, depois eu te mostro.
- Ok - eu disse, sorrindo também - Por que vocês nunca me disseram que um amigo de vocês tem uma banda de rock? - eu perguntei pro Ez e pro Win.
- Nem pensei em te falar, Gabi - o Win disse, e depois de pensar um pouco completou - e o pior é que é bem no estilo de banda que você gosta.
- Pô, agora eu to curiosa pra conhecer sua banda Jake.
- Antes que vocês dois se percam na música vamos entrar - o Win disse.
- Vamos - eu falei. O Win e o Ez foram na frente, deixando o Jacoby e eu atrás. Nós fomos conversando sobre a banda dele e quando a gente entrou, ele pegou o Ipod dele e colocou pra eu escutar "Last Resort", que era muito boa, depois ele colocou "Between Angels and Insects". Quando o Win chamou pra jantar ele já tinha me mostrado quase todas as músicas do álbum "Infest".
- E ai, Gabi, gostou da banda do Jake? - o Ez me perguntou.
- Amei, sério, é muito boa mesmo - eu falei.
Nós começamos a conversar sobre bandas, filmes e outras coisas, foi muito divertido aquele jantar. Depois nós fomos assistir uns filmes. Eu estava sentada no colchão no chão e o Jacoby estava do meu lado, quando o Win resolveu tirar fotos. Bom o Win pediu pro Jacoby passar um braço pela minha cintura e eu encostar nele e tirou nossa primeira foto juntos.
Quando já eram meia noite o Win e o Ez foram dormir, deixando o Jake e eu sozinhos. Nós ficamos acordados até quase quatro horas da manha, assistindo filmes e conversando. Ainda bem que era sexta, e no outro dia eu não tinha que levantar cedo.

 Flashback off

- Quando eu cheguei em casa, no outro dia, eu pesquisei muito sobre sua banda e baixei os CDs – eu disse pra ele e fincando vermelha.
- Sério? – ele me perguntou, descrente.
- Sério – eu disse – e ainda enchi o saco dos meus pais pra eles comprarem os CDs – eu disse, olhando pra ele e indo pegar uma caixinha onde eu tinha colocado todos os CDs da banda dele.
- Não acredito, você tem todos os CDs mesmo – ele disse, olhando pra mim surpreso.
- Eu disse, o único que eu não comprei é o The best off Papa Roach, achei muito ridículo o que eles fizeram
- Foi bem tenso mesmo, todo mundo ficou chateado, sabe? - ele disse - A gente tinha pedido pra eles não lançarem o CD nas lojas, mas... Sabe como é, né?
- Sei, sei
- Falando de coisas boas agora - ele disse, sorrindo - Quando o novo CD sair eu vou dar de presente pra você – ele disse me dando um selinho.
- Então vocês já estão gravando um outro CD?
- Ainda falta escrever algumas músicas e pans, mais daqui uns meses nós já vamos começar a gravar – ele disse – E o CD já tem até nome.
- Sério? Qual é o nome?   
- Time for Annihilation.
- Bem a cara de vocês mesmo – eu disse sorrindo.
- Haha, engraçadinha – ele disse, fingindo estar bravo, o que me fez rir muito.
Nós fomos pra sala e continuamos a conversar sobre a banda dele, ele me disse que tava terminando de escrever as letras e o pessoal da banda ia ajudar e fazer os arranjos. Então ele mudou de assunto.
- Seu aniversário tá chegando, né?
- Tá sim, é em pouco mais de um mês.
- Dezoito, né?
- Pois é, dezoito aninhos – eu disse.
- Vai fazer o que pra comemorar?
- Eu e minhas amigas estamos organizando uma festa – eu disse, animada – Tipo, vai ser dos anos 60 a 80.
- Que legal, Gabi.
- É, e tem que ir caracterizado e tudo o mais – eu disse.
- Você já começou a distribuir convites?
- Ainda não, mais eu vou começar a distribuir semana que vem, pro pessoal já ir providenciando a fantasia.
- E eu vou ser convidado? – ele me perguntou, fazendo uma carinha tão fofa que eu não resisti e acabei beijando ele.
- Claro que sim, né meu amor – eu disse e subi as escadas pro meu quarto e peguei o convite dele. Quando eu desci ele olhou com cara de interrogação pra mim - eu fui buscar seu convite – eu expliquei pra ele, entregando o convite.
- Você vai com fantasia dos anos 60, 70 ou 80? – ele me perguntou.
- 80 – eu respondi.
- E como é sua fantasia?
- Ah, eu não vou contar – eu disse – você vai ver só na festa.
- Ah Gabi, vai me conta, por favor? – ele fez carinha do gato do Shrek.
- Essa carinha não vai me fazer te contar – eu disse, rindo.
- Merda, eu pensei que essa carinha era irresistível – ele disse. Nós começamos a rir muito.
Nós ainda estávamos rindo quando eu ouvi a porta abrir. Era meu pai.
- Oi pai – eu disse, levantando do sofá e indo abraçá-lo.
- Oi filha – ele me deu um beijo na testa. Ele viu o Jacoby – E você é...?
- Eu sou o Jacoby – ele respondeu e eu revirei meus olhos.
- Acho que você tem que se apresentar direito, Jake – eu disse e ele olhou pra mim como se dissesse “Tem certeza?”. – Pai esse é Jacoby, meu namorado.
- Namorado? – meu pai pareceu surpreso – Desde quando vocês estão namorando.
- Na verdade eu pedi a Gabi em namoro hoje.
- Entendi – meu pai disse. Meu pai era muito de boa, ele sabia que uma hora ou outra eu iria arrumar um namorado, claro que ele era um pouco ciumento, mais nada fora do normal. Nós fomos nos sentar na sala e começamos a conversar, meu pai fez um monte de perguntas pra mim e pro Jake, no estilo “Onde vocês se conheceram?”, “Quando vocês se conheceram?” e mais um monte.
Nós pedimos pizza e eu e o Jake saímos pra comprar bebidas. Bom, meus pais sabiam que eu bebia Smirnoff Ice, mais não era sempre, então eu acabei comprando uma coca pra eu e o Jake bebermos, já que ele tinha que ir pra casa do Win e do Ez de moto e cerveja pros meus pais.
A noite foi muito agradável, nós nos sentamos na sala e conversamos muito. Eu gostava da minha relação com os meus pais, eles sabiam de quase tudo o que acontecia na minha vida e me apoiavam muito. Mais ainda depois que eu conheci o Win e o Ez, acho que depois disso nossa relação melhorou demais, eu me abria mais com meus pais. Acho que eles perceberam, finalmente, que eu tinha crescido.
- Eu preciso ir – Jake disse.
- Eu te levo na porta, amor.
Ele se despediu dos meus pais e eu fui levá-lo na porta, nós ficamos uns minutos conversando e nos beijando. Ele me deu um ultimo e profundo beijo e foi pra casa.
É esse dia tinha sido muito interessante. Descobrir que o Jake me amava tinha sido um máximo, e ele ainda tinha me pedido em namoro, o que foi melhor ainda e meus pais tinha aceitado nosso namoro de boa. É eu sou uma garota de sorte, tenho o namorado perfeito, os melhores amigos do mundo todo e os melhores pais também.

Parte II

- Como assim você tá namorando? – o Dani perguntou, surgindo do nada. Eu o encarei por uns segundos.
- Pois é, eu to namorando – respondi.
- Ele é aqui da escola?
- Qual é Dani, por que todo esse interesse na minha vida agora?
- Nada não, só achei estranho você estar namorando. Acho que eu nunca imaginei você namorando ninguém além de... – ele se interrompeu nesse momento, virou as costas e saiu andando, quase correndo.
Não preciso dizer que fiquei sem reação, né? O que ele queria dizer com aquilo? Eu suspirei e me virei para os meus amigos que ainda estavam boquiabertos com a cena.
- Não me perguntem nada, eu também não entendi – eu falei antes que algum deles falasse.
- Poxa Gabs, essa até eu entendi – o Mi disse.
- Mi meu chuchu, então me conte que eu to boiando – eu disse.
- Gabs, amor da minha vida, meu docinho de coco o Danizinho fofinho dos nossos corações esta apaixonado por você.
- Aham, senta lá.
- É sério mano, o jeito que ele olha pra você e agora isso. E corre os boatos entre os amigos dele que ele tá muito afim de você.
- Ah, para mano, ele nem tá afim de mim, ele gosta da Ju.
- Ele quer pegar a Ju, é outra história. Dizem que ele mudaria por você Gabs, que ele pararia de ficar com todas só pra ficar com você.
- Sério? – eu não acreditava nisso. Agora que eu tinha me acertado com o Jacoby começa me aparecer fantasmas. Aff ao quadrado.
- Aew Gabs, arrasando corações – a Bia disse, rindo de mim.
- Aff, esse eu dispenso – eu disse e todo mundo riu.
- Mais você gostava dele – a Lu disse – logo que ele entrou na escola, lembra?
- Lembro – eu disse – mais isso é passado, agora eu tenho o Jacoby. E por falar nele amanha a gente vai num barzinho com o Ez e o Win, vocês querem vir? Pra conhecer eles e pans.
- Vamos sim – o Beto respondeu por todos, que ficaram encarando ele – Calma gente, agora vocês vão me dizer que vocês não vão? – ele completou e todo mundo riu.
- Mais é sério, vocês vão mesmo né?
- Claro que eles vão, é só frescurinha chuchu – o Beto disse – Como se algum de nós fosse perder o acontecimento do ano.
- Como assim acontecimento do ano? – eu não gostei do jeito que ele falou isso.
- É que nós estávamos pensando que você ia ficar encalhada, sabe ficar pra titia – o Beto disse e saiu correndo.
- COMO ASSIM ROBERTO? – eu gritei e comecei a correr atrás dele, que estava rindo muito. Eu já estava cansada de tanto correr atrás daquele retardado quando ele esbarrou em alguém – que eu não pude ver – e virou, olhando horrorizado na minha direção, quando ele saiu da frente eu pude ver quem era: a diretora. Como nós estávamos perto do bebedouro eu fingi que estava tomando água. Depois eu olhei da diretora pra ele.
- Que feio Beto, ficar correndo pela escola que nem criança – eu disse na maior cara-de-pau – a gente já tá no ultimo ano do colégio – eu completei e sai andando. Eu tinha visto o olhar de ódio dele, eu ainda tava rindo quando eu cheguei perto dos meus amigos. Eu contei pra eles que caíram na risada também.
- Puta merda, Gabi, você deixou eu me ferrar sozinho. Grande amiga você, hein? – o Beto disse, quando ele sentou perto da Dani.
- Bem feito, quem manda ficar me zoando.
O sinal bateu, indicando o fim do nosso curto intervalo. As aulas passaram sem nada de mais. Graças a Zeus tinha acabado a semana, não aguentava mais ir pra escola. Ainda faltavam dois meses pro fim do ano letivo.
- O Jacoby vai vir te buscar hoje? – o Mi me perguntou.
- Não, hoje vocês vão ter que me aturar no ônibus com vocês – eu disse sorrindo pra ele. Ele olhou no fundo dos meus olhos, balançou a cabeça e riu.
- Como você é idiota, Gabi – ele disse, revirando os olhos – você sabe que a gente te atura sempre, até aqui na aula. E só pra você passar cola pra gente – ele completou, rindo.
- Magoei agora – eu disse, jogando meu estojo nele, que desviou rindo. Eu comecei a rir também e o abracei. Sabia que era brincadeira, eles eram como irmãos pra mim, todos os seis. Eu me separei dele e olhei para os outros – Eu amo vocês, muito, muito, muito mesmo.
- Own, Gabs a gente também te ama – a Bia disse, me abraçando. Logo eu senti todos eles me abraçando, é nós somos craques em abraços coletivos.
- Bom, agora que passou o momento gay – o Beto disse – vamos embora por que vocês sabem né? O ônibus não espera ninguém – ele completou. Um olhou pra cara do outro e saímos correndo. Foi muito engraçado, eu tropecei primeiro e todo mundo riu, depois foi assim, um tropeçava e depois o outro e depois o outro e todo mundo ria. Acho que tava todo mundo bobo, porque nós estávamos rindo de tudo naquele dia.
Nós chegamos no ponto e depois de cinco minutos o ônibus chegou. Todo mundo comemorou, não tínhamos perdido o ônibus – haha, dancinha [n/a: briiiiisaaa, mais enfim eu já fiz a dancinha quando eu consegui chegar no ponto antes do ônibus passar]
- To com soninho gente – eu disse, bocejando. Nós tínhamos dado sorte, naquele dia o ônibus tava quase vazio, de modo que todas nós sentamos naquele banco dos fundos e os meninos ficaram de pé.
- Você sempre tá com sono, chuchu – o Mi disse.
- To mesmo, chuchu – eu disse, piscando pra ele. Nós demos risada – mais sério hoje eu to cansada mesmo, foi desgastante o dia hoje.
- Foi mesmo, Gabs – a Bia disse – foi maçante, ainda mais as ultimas aulas.
- É – eu concordei – Geeeeente, tive uma ideia.
- Lá vem merda – a Lu disse.
- Vai a merda, Lu – eu disse e completei – Vamos lá pra casa, a gente podia comprar cerveja, pedir pizza e alugar uns DVDs.
- Uau Gabs, ótima ideia.
- Não fala isso Beto, ela vai se achar forever – a Duda disse.
- Po, Duda até você tá me zoando hoje? – eu disse – vocês são muito engraçadinhos. Desse jeito eu vou chorar – eu disse fazendo biquinho.
- Ahh Gabs, a gente te ama muitão – a Duda disse, fazendo coraçãozinho.
- Mais, enfim vocês vão? Tipo sei lá vocês podiam dormir em casa ai amanha a gente já saia com o Jake e com os “meninos” e pans e...e...e... e eu esqueci o resto, mais acho que é só isso mesmo – eu disse, rindo.
- Tá mais e as roupas? – o Beto perguntou.
- Vocês vão pras suas casas, pegam suas roupas, escova de dente e tudo o mais e depois vem aqui pra casa.
- Nossa você pensou em tudo isso, Gabs? – o Beto perguntou, e depois completou – Desculpa, só saiu.
- Aham, sei, sei. Finjo que acredito – eu disse – bom meu ponto é o próximo. Até daqui a pouco amores da minha vida.
- Até – eles disseram, ao mesmo tempo.
Eu puxei a cordinha – é, eu ainda sou criança e gosto de puxar a cordinha tá? – fiz algum comentário desnecessário pros meus amigos que começaram a rir e me zoar mais ainda.
- Aff, vocês só sabem me zoar.
- É que as vezes você faz uns comentários que não precisam ser feitos, Gabi – a Duda disse.
- Eu sei – eu disse e todo mundo riu – Bom, fui pessoinhas – eu disse e desci do ônibus. Como sempre eu coloquei meus fones e fui andando pra casa. Quando eu cheguei eu fui direto pro meu quarto, coloquei minha mochila ao lado da minha cama, liguei meu note e fui tomar banho.
Quando eu sai do banho eu liguei pro Jake.
- Oi amor, tudo bem?
- Oi amor da minha vida tudo sim e com você?
- Bem, também – eu respondi – tá tudo certo pra amanha?
- Tá sim.
- Eu chamei o pessoal tá?
- Por que eu sinto que amanha eu vou ser morto?
- Ah, nem, meus amigos são legais amor, eles vão gostar de você. Alias hoje eles vão vir aqui pra casa. A gente vai assistir a uns filmes.
- Vida boa, hein? Assistindo filme enquanto eu aqui, trabalhando – ele disse e nós dois demos risada – Ihh amor, vou ter que desligar agora, o pessoal tá chamando pra ensaiar. Beijo. Te amo muito.
- Também te amo, meu amor. Beijo – eu disse e nós desligamos. Eu fui ver meus e-mails, nenhum importante. Depois meus recados no Orkut, tinha um do Jake. Ownn que fofo, ele tava dizendo que me amava muito, muito. Que amor.
Eu coloquei música pra tocar e fui me trocar. Coloquei um short jeans, uma camiseta do Avenged Svenfold – achava o The Rev demais. Depois eu sequei meu cabelo, fiz uma chapinha básica e desliguei a música e meu note. Eu desci pra assistir TV e esperar meus amados amigos chegarem.
Acho que acabei adormecendo, porque a próxima coisa que eu ouvi foi meu celular tocar desesperadamente.
- Alô – atendi, com a voz sonolenta.
- Onde você tá, Gabriela – eu ouvi a voz da Dani, e ela não tava nem um pouco feliz.
- Em casa.
- Então vem logo abrir a porta.
- To indo – eu disse e fui abrir a porta pros meus amigos – Desculpa gente – eu disse, assim que eu eles entraram na minha casa – eu acabei dormindo. Tava morrendo de sono.
- Como eu disse você tá sempre com sono, chuchu – o Mi disse.
- Bom, vamos pedir a pizza – eu disse – e alguém vai ter que ir comprar a cerveja e alugar os filmes.
- A gente vai ter que se separar pra ir mais rápido – a Duda, que sempre era objetiva, falou – Eu, a Bia e a Gabs vamos ficar aqui esperando a pizza. O Beto e a Dani vão alugar os DVDs e a Lu e o Mi vão comprar as bebidas.
- Por que vocês três vão ficar aqui e eu e a Lu vamos comprar as bebidas e o Beto e a Dani vão alugar os DVDs? – o Mi perguntou
- Porque a casa é da Gabi, então ela tem que ficar aqui, e nenhuma de nós que servir de vela – a Duda respondeu – e é isso que vai acabar acontecendo. E outra vocês não vão querer se separar.
- É verdade – o Mi concordou – Então bora cambada, vamos logo que eu to com fome – ele disse e todo mundo riu. Logo depois os quatro saíram. Eu liguei pra pizzaria e pedi duas pizzas de frango com catupiri e uma de quatro queijos e pedi pra eles trazerem a maquininha de cartão de credito.
Depois eu e as meninas fomos pra sala e ficamos assistindo TV e conversando.
- Duda e o Gu? – eu perguntei.
- Ai Gabs, sei lá, ele tá muito estranho comigo.
- Estranho como?
- Lembra dia que a gente foi no cinema? Na hora que a gente foi se despedir ele me abraçou, sabe aquele abraço bem apertado?
- Aham.
- Então, e depois ele me deu um beijo na testa, amiga – ela disse, fazendo biquinho.
- Na testa, Duda? – eu perguntei não acreditando.
- É, Gabs, na testa – ela disse indignada. Eu e a Bia começamos a rir muito, e no fim a Duda se juntou a nós – ai quando a gente se viu de novo ele me abraçou. A gente conversou um pouco, mais logo ele começou a falar com os meninos e eu a conversar com vocês, lembra? E depois disso ele tá me tratando com indiferença.
- Duda eu acho que ele tá gostando de você – a Bia falou – porque, pelo que o Mi disse, ele não para de falar em você e ele fica muito sem graça quando você tá perto. Eu não acho que seja indiferença, acho que ele não sabe o que falar.
- Eu não tenho tanta certeza – a Duda disse – vamos mudar de assunto agora, que eu não quero mais falar do Gu.
Pouco tempo depois o Mi e a Lu chegaram com as bebidas. Eu peguei e fui colocar na geladeira, pra gelar [não, pra ferver =D].
- Onde os dois estão? – o Mi perguntou, se referindo a Dani e ao Beto.
- Ainda não deram sinal de vida – eu respondi – na certa eles tão se pegando – eu completei. Eu olhei pra eles e dei um sorrisinho maligno, eles entenderam e sorriram do mesmo jeito. Eu liguei pro celular da Dani, que atendeu no terceiro toque.
- Onde vocês estão? – eu perguntei.
- Chegando, já – eu percebi a voz dela meio ofegante.
- O que vocês tão fazendo, hein?
- Correndo pra chegar em casa logo – ela disse, rindo.
- Aham, sei, sei – eu disse – vambora que tá todo mundo aqui já.
- Sério? A gente já tá aqui na sua rua, dois minutinhos a gente tá ai.
- Hoje vocês demoraram mais que o normal pra alugar os DVDs – eu disse, assim que abri a porta.
- Vai a merda Gabi – o Beto disse, entrando em casa.
- Então a gente tem que ir pra sua casa, xuxu – eu disse e a gente riu. Nós fomos escolher os DVD que a gente ia assistir primeiro, enquanto a pizza não chegava.
Nós decidimos, depois de uns dez minutos brigando, que iríamos assistir o ultimo Sexta-feira 13. Eu coloquei o CD no DVD e nós ficamos conversando enquanto passavam os trailers, já que nós decidimos que iríamos esperar a pizza chegar pra nós começarmos a assistir o filme. A pizza chegou no fim do segundo trailer.
- Vai lá Gabs – o Mi falou – você que é a dona da casa – ele completou e foi apoiado por todo mundo.
- Grandes amigos vocês hein? Em vez de me apoiarem, não. Beleza, beleza. Eu vou – claro que eu tava brincando com eles, eu mesma ia atender a porta, mais eu não perdia a chance de zoar. Quando eu cheguei na porta eu tive uma surpresa, o Jake tava parado na porta com as pizzas.
- Oi – ele me cumprimentou, me dando um selinho.
- Oi – eu respondi – o que você tá fazendo aqui? Você não tinha ensaio?
- Tinha, mais uma tal de Dani me ligou e pediu pra eu pegar as pizzas e vir pra sua casa, que tinha um monte de gente pra eu conhecer aqui – ele disse, com um sorriso. Quando ele entrou eu fechei a porta e fui pra sala. Lancei um olhar mortal pra Dani, que apenas sorriu.
- Eu queria conhecer ele – ela falou – e como você deixou o celular em cima da mesa hoje eu peguei o número do celular dele.
- Bom pessoas lindas que eu tanto amo – eu comecei a falar – esse é o Jacoby, meu namorado. Amor essas pessoas bizarras que você tá vendo são meus amigos – eu disse, zoando eles e apresentando cada um deles.
- Se você machucar a Gabs – o Mi começou a falar – lembre-se bem do meu rosto, porque vai ser o ultimo que você vai ver, ok?
- Miiiiiiii o que é isso? – eu perguntei.
- Gabi, você é como uma irmã pra mim, então fica quieta – ele disse, e depois olhou pro Jacoby – entendeu?
- Entendi – ele disse – mais você não precisa se preocupar, eu gosto muito da Gabi – ele completou. Então eu apresentei os meus outros amigos.
Nós fomos assistir ao filme, eu sentei do lado do Jake, que passou o braço pela minha cintura e encostei no peito dele. O filme era muito bom, o Jared Padalecki, o Sam de sobrenatural, era o ator principal – e ca entre nós, ele é muito lindo.
Quando o filme acabou eu fiquei de boca aberta, cara nunca iria imaginar que o Jason ainda tava vivo e ainda pegava a mina, a que era irmã do Jared Padalecki no filme. Adorei, muito foda mesmo. Eu fui tirar o DVD do aparelho, e eu e meus amigos começamos a comentar o filme.
- Muito bom, muito bom mesmo - o Mi falou.
- O Jared tava perfeito - a Lu falou - aliás, quando ele não é perfeito?
- Concordo, ele é muito lindo - eu disse.
- Não sei o que vocês vêem nesse cara - o Mi falou, com cara de nojo.
- Eu também não - o Jacoby falou e eu olhei pra ele. - Sempre que eu to na casa do Win e do Ez, a Gabi me faz assistir supernatural com ela, e tudo por causa desse cara, que nem bom ator é.
- JAAAAKE ele é muito bom ator, sim - eu disse indignada - ele é uns dos melhores atores da atualidade.
- Eu concordo com o Jacoby - o Beto disse - esse cara não esta com nada.
- Quieto - a Dani disse - ele é perfeitamente perfeito.
- Concordo - todas nós falamos ao mesmo tempo em que os meninos falavam Aff.
- Como diria minha mãe, tá tudo muito bem, tá tudo muito bom, mais nós temos mais dois filmes pra assistir. Qual vai ser o próximo? - eu disse indo pegar os outros dois filmes.
- Amor - o Jake me chamou.
- Oi amado.
- Eu vou indo, deixei os meninos lá ensaiando sozinhos e bom, sabe né? Eles vieram lá da nossa cidade pra cá, pra a gente ensaiar as novas músicas e pans e eu to aqui - ele disse - eu tenho que voltar pro ensaio. Tudo bem?
- Beleza, amor - eu disse, sabia que ele tinha saído do ensaio só pra vir conhecer meus amigos - eu te vejo amanha.
- Tá. Como vocês vão pra lá? - ele me perguntou.
- O barzinho que a gente vai é aqui perto, só a duas quadras daqui de casa, a gente vai andando mesmo.
- Beleza. Então eu vou indo - a gente tava na porta, ele me beijou e foi embora.
- Uhuuuu "Como vocês vão pra la?" - o Mi disse, imitando a voz do Jacoby, assim que ele saiu
- Vai a merda, xuxu - eu disse, sentando e jogando uma almofada nele.
- Você gosta mesmo dele, né, Gabs? - a Bia me perguntou.
- Eu to completamente apaixonada por ele - eu disse.
- Nota-se - o Beto disse - tá sorrindo toda apaixonadinha ai - ele completou e todo mundo riu.
- Bora parar de falar de como eu estou completamente apaixonada pelo Jacoby e vamos assistir os outros filmes?
- Awnnn Gabs, mais a gente ama falar de como você é apaixonadinha por ele - o Mi falou, me abraçando, o que gerou, novamente, um abraço coletivo. - A gente se preocupa com você, Gabriela, porque a gente te ama muito, sabe? Eu vou falar por mim, vocês são muito especiais, tipo, meus amigões do peito e você Gabi é como se fosse minha irmã.
- Owwwn, assim eu vou chorar, xuxu - eu disse, com lagrimas nos olhos - Vocês são como se fossem meus irmão também, vocês sabem né?
- Claro né? - o Beto falou - acho que a gente encontrou uma família, né? Eu ganhei seis irmãos - ele completou - seis irmãos bizarros e loucos, mais que eu amo profundamente.
- Owwwwnnnnn - todos nós falamos ao mesmo tempo e eu completei - como você é fofo Beeeeeto.
- Né Gabs, meu namorado é um fofo - a Dani disse, abraçando e dando um selinho nele.
- Gabriela e Daniela, não me chamem de fofo, por favor - ele disse, fazendo cara de emburrado.
- E quando faz essa carinha de emburrado fica mais fofo ainda - o Mi disse, zoando.
- Você tá ferrado Miguel - ele disse e começou a correr atrás do Mi, o que gerou risadas de todas nós.
Naquele dia eu percebi que eu realmente tinha amigos-irmãos, daqueles que a gente leva pra vida toda, estando perto ou longe. Eu sei que, mesmo se a gente ficar sem se ver, nós vamos continuar a lembrar uns dos outros e foi muito importante eu me dar conta disso.

Parte III

Faltavam duas semanas para o meu aniversário, eu e o Jacoby estávamos cada dia mais próximos e apaixonados, o encontro dos meus amigos do colégio com o Win e o Ez tinha sido engraçado e muito legal. Foi muito bom ver meus melhores amigos juntos e o melhor de tudo é que nós passamos a sair todos juntos depois disso.
Naquele dia o Jacoby iria me buscar no colégio - o que não era novidade, já que pelo menos três vezes por semana ele ia me buscar pra gente almoçar. Eu fiquei pensando nele durante toda a manha - outra coisa que não era novidade - e quando, finalmente, o sinal bateu eu já tinha guardado meu material, então eu me despedi dos meus amigos e sai quase correndo. Eu tinha acabado de terminar de descer as escadas e estaca virando a esquininha quando eu trombei em alguém.
- Descu... - eu comecei e logo completei - Ahh, é você - eu falei, quando eu vi que eu tinha trombado com o Dani.
- Ahmm Gabi posso falar com você?
- Olha, eu to meio na correria hoje, meu namorado tá me esperando lá fora, tem como essa conversa ser outro dia?
- Não, tem que ser hoje mesmo - ele disse, caminhando ao meu lado, já que eu tinha começado a andar antes mesmo dele responder - Da pra parar e me escutar um minuto? - ele perguntou, segurando o meu braço e parando.
- Daniel eu já disse que eu to atrasada - eu disse, irritada - fala logo, então - eu completei. Nós estavamos na calçada já, um de frente pro outro.
- Eu nem sei por onde começar - ele disse.
- Então pensa, ai quando você descobrir você vem e me fala. Pode ser?
- Você podia ser menos grossa?
- Olha eu to atrasada, meu namorado tá me esperando e você fica me atrasando mais ainda e você ainda quer que eu seja simpatica?
- Só um pouquinho, sabe - ele disse.
- Tá, não vou fala nada. Assim eu não vou ser grossa nem simpatica, melhor?
- Melhor - ele disse - Bom, lembra daquele dia que eu perguntei se você estava namorando e tals e eu me interrompi no meio da frase? - ele perguntou e eu afirmei com a cabeça - Então o que eu queria dizer era que eu nunca imaginei você namorando ninguém além - ele respirou fundo - além de mim - ele completou e eu fiquei parada, olhando para ele de boca aberta durante uns minutos. - Fala alguma coisa, Gabi.
- Olha Dani, eu não vou falar que eu nunca senti nada por você, porque eu senti mais isso foi antes de conhecer o Jacoby, meu namorado. Agora eu sou completamente apaixonada por ele.
- Você gosta mesmo dele, não é? - ele me perguntou, olhando profundamente nos meus olhos.
- Sim - eu disse, sorrindo pra ele - olha Dani, eu sinto muito, mesmo.
- Eu sei - ele me abraçou e depois foi andando de costas - até mais Gabi e sabe né? Quando você se cansar desse idiota eu estou aqui pra você - ele completou. Ele virou e continuou andando. Eu suspirei e me virei, começando a andar e foi ai que eu vi o Jacoby.
Ele tava olhando pra mim com uma cara estranha e eu logo percebi que ele tinha me visto com o Dani
- Oi Jake - eu o cumprimentei indo abraçá-lo.
- Quem era aquele?
- Era o Dani - eu respondi.
- Dani?
- É... Ele falou que precisava falar comigo, só.
- Eu ouvi o que ele disse.
- Então você também ouviu que eu sou completamente apaixonada por você, né?
- Ouvi, mais eu acho que você estaria melhor com ele do que comigo, sabe? Ele é da sua idade e tals e... [n/a: meio Edward Cullen, mas... ausausaushshu]
- Owww - eu o interrompi - nada disso, eu amo você e não ele. [n/a: meio Bella Swan uhsauhauhsauhsauh]
- Mais você mesmo disse que já sentiu algo por ele e isso quer dizer que você pode estar apaixonada por ele e mesmo se não estiver tem algo nele que te chamou atenção e pode te conquistar de novo.
- Olha, para com isso - eu disse, lentamente, tentando manter a calma - eu AMO você, e ninguém vai dizer o contrario, muito menos você, entendeu? Eu achei que gostava do Dani há muito tempo, antes de te conhecer, beleza? Eu realmente não sinto nada por ele ou por qualquer cara que não seja você, ok? Estamos entendidos? - ele acenou com a cabeça e eu completei - beleza, então para de dar piti.
- Eu não tava dando piti, só estava expondo os fatos, ok?
- Fatos errados.
- Pode até ser, Gabi, mais você tem que pensar nisso, sabe? Eu sei que você me ama e eu sei que te amo, muito, mas ahh eu sei lá mais aonde eu queria chegar.
- Melhor assim. Agora chega desse assunto que já me irritou.
- Tá - ele disse, pegando minha mão e começando a caminhar em direção a moto dele.
- Aonde a gente vai? - eu perguntei.
- Não sei, onde você quer ir?
- Pode ser naquele restaurante japonês que tem ali perto de casa.
- Então vamos - ele disse. Subimos na moto e fomos almoçar. Foi bem tenso aquele almoço, ambos estávamos absortos em nossos próprios pensamentos, mal conversamos naquele dia. Eu realmente queria que o Dani não tivesse me falado aquelas coisas, naquele momento. Aquilo estava estragando meu dia com o meu namorado. Depois de almoçarmos a gente passou na minha casa pra eu pegar umas coisas e depois ele me deixou na casa do Win e do Ez, já que eu iria dormir lá até o fim de semana, quando eu e o Jake iríamos viajar para a cidade dele, onde iria ter um show da banda dele junto com o Avenged Svenfold (*-*).
É claro que eu omiti aos meus pais o fato de que eu e o Jacoby iríamos sozinhos, já que os meninos não poderiam ir conosco, por já terem programado uma viagem á casa dos pais do Ez.
Assim que entramos na minha casa, eu subi pra fazer minha mala que eu iria levar para a viagem. Eu tirei os livros daquele dia da minha mochila e coloquei os de sexta.
Quando eu terminei de arrumar minhas coisas eu me virei e dei de cara com o Jacoby. Ele me abraçou beijou o topo da minha cabeça e disse que me amava que só tinha dito aquelas coisas porque realmente ele pensava que achava que era o melhor pra mim, mas que se eu deixasse ele, ele iria sofrer muito. E me pediu desculpas por tudo. Eu disse que o amava também, que apesar de já ter gostado do Dani isso era coisa do meu passado, que meu presente e meu futuro eram ao lado dele, Jacoby.
Ele me beijou, deu um sorriso, pegou minha mala e começamos a descer a escada. Ele me deixou na casa dos meninos e foi para o ensaio da banda dele.
- Tá tudo bem, Gabi? - o Win perguntou.
- Mais ou menos - eu respondi. Ele arqueou uma sobrancelha e eu contei tudo o que tinha acontecido mais cedo.
- Ele tá inseguro, amor, só isso - ele me disse - o Jacoby te ama demais, sabe? E depois de tudo o que aconteceu com a Kelly [n/a: hahaha tinha que colocar o nome dala :) obs: é a esposa do Jacoby] ele ficou muito mal até te conhecer.
- Vocês nunca me contaram o que aconteceu, exatamente - eu disse
- Você sabe que ele era uns seis anos mais velho que ela, né? - ele perguntou e eu afirmei - Isso foi há cinco anos, ela era amiga da irmã dele, eles ficaram e depois de um tempo começaram a namorar.
- Tá, disso eu já sabia.
- Calma - ele disse - depois de um ano que eles tavam namorando ela chegou nele e disse que ele era velho pra ela, que ela queria curtir e conhecer alguém da idade dela. E ela era só seis anos mais nova que ele e você é, tipo, dez anos mais nova. Ele tá muito inseguro em relação a isso, sabe? Que você descubra que ele é muito velho pra você e deixe ele.
- Mais eu amo ele, será que ele não entende? Que mesmo que todo mundo fosse contra, por causa da nossa idade, eu iria ficar com ele, porque ele é o amor da minha vida? Que, eu até posso ser muito nova, como meus parentes mesmo falaram, mais eu amo o Jacoby.
- Como assim? Os seus parentes falaram?
- Meus pais falaram pros meus tios e pros meus avós que eu to namorando, falaram que ele era mais velho e tudo. Ai ta todo mundo, tirando os meus pais, contra o meu namoro com ele por ser mais velho que eu.
- Você falou isso pro Jacoby?
- Não, minha mãe me falou isso hoje de manha, antes de me deixar na escola e eu não tive tempo de falar pra ele e depois de tudo o que aconteceu eu não vou falar nada não. Já pensou? Ai que ele vai ficar mais convencido que eu vou deixá-lo e ai ele vai querer terminar comigo sendo que o que eu mais quero é envelhecer ao lado dele.
- Acho que você vai ter que contar pra ele, Gabi.
- Por quê?
- Sua festa, lembra? Seus familiares vão estar lá, não vão?
- Merda - eu disse - vão sim. Depois da viagem eu conto pra ele.
- Mais conta mesmo, pra ele ir se preparando emocionalmente, beleza?
- Vou contar sim - eu disse - Vamos fazer o jantar pra eles? - eu perguntei e ele assentiu. O Win tinha uma loja de roupas perto de casa e como hoje tinha sido de pouco movimento o dia todo ele deixou o vendedor sozinho lá e tinha vindo ficar comigo.
Nós fizemos macarrão com molho branco e frango assado, comidinha de domingo, mas...
Nós estávamos sentados no sofá terminando de assistir um filme quando o Ez chegou, ele deu um selinho no Win e um beijo no topo da minha cabeça, com ele sempre fazia quando ele chegava em casa e nós dois estávamos em casa. Ele sentou no sofá, ao lado do Win, já que eu tava na poltrona. Eu contei pra ele o que tinha acontecido naquele dia e o Ez disse quase a mesma coisa que o Win. Eu estava ficando frustrada, será que o Jacoby não sabia que eu era apaixonada por ele? Será que ele não sabia que ele era o único que me fazia sorrir só com um simples bom dia?
Ele chegou, me abraçou e me beijou, cumprimentou os meninos e se sentou na poltrona ao lado da minha. Logo depois nós fomos jantar, ele ainda estava estranho, menos do que estava na hora do almoço, mais não era o Jacoby de sempre, brincalhão, falante. Ele sempre falava de como tinha sido o ensaio, se ele tinha começado uma música e hoje ele ficou calado, fazendo comentários casuais e ocasionais.
Nós colocamos os colchões na sala e ficamos sentados neles, enquanto os meninos sentaram no sofá. Nós nos sentamos próximos, mais eu sentia que ele tava distante, mesmo enquanto nós conversávamos.
- Jacoby, você tá bem? - eu não aguentei e perguntei.
- Mais ou menos, Gabi - ele me respondeu - Eu ainda to pensando naquilo de mais cedo.
- Olha, os meninos me contaram o que aconteceu com a Kelly. Para com isso - eu o repreendi quando ele fuzilou os meninos com os olhos - Eles só queriam me fazer entender o porque você tinha dito aquilo. E eu entendi, apesar de não acreditar que você ache que eu vou fazer com você o mesmo que aquela retardada fez. Eu te amo, sabe? Eu nunca tinha gostado de ninguém assim, do jeito que eu gosto de você. Quantas vezes eu vou ter que dizer isso? Pra sempre? Agora, se isso for um desculpa pra terminar comigo, beleza, fala logo que essa história já encheu e...
- Eu te amo também, Gabi. Eu só tenho medo que você se de conta da nossa diferença de idade, que você ache que eu sou velho demais pra você, que você queira alguém da sua idade. Eu tenho medo disso, porque eu te amo muito e eu não iria aguentar se você, depois de um tempo que nós estivéssemos juntos, terminasse comigo.
- Olha, eu não sou aquela idiota - eu disse.
- Eu sei - ele disse - me perdoa? Eu fui um idiota hoje, o dia inteiro.
- Só se você nunca mais tocar nesse assunto - eu disse.
- Tá, nunca mais - ele beijou os dedos, que formavam um X e eu ri, porque eu fazia muito isso... quando eu era criança.
- hhhhhh eu sabia que vocês iam resolver isso - o Win disse, quando o Jake me beijou.
- Vocês se amam muito pra deixar algo atrapalhar o namoro de vocês - o Ez completou.
Depois disso o Jacoby voltou ao normal dele. Ele me contou que aquele foi um dos piores dias pra ele, pois ele tinha ficado de péssimo humor o dia todo, tinha brigado com todos os meninos da banda, até que ele contou o que tinha acontecido pra eles. Depois disso eles tinham ensaiado a música "She loves me not" e que ele tinha terminado uma música, chamada "What do you do?" e só faltava fazer o arranjo.
Nós conversamos mais um pouco e eu fui dormir, já que eu tinha que ir pra escola no dia seguinte.
Quando eu acordei, nós estávamos de conchinha, mais uma coisa a qual eu tinha me acostumado. Já que o Jacoby estava morando com os meninos e toda vez que eu ia dormir na casa deles a gente colocava os colchões no chão e dormíamos lá. E sempre que eu acordava estávamos de conchinha.
Eu levantei e fui tomar banho e me arrumar. Quando eu voltei pra sala, o Jacoby já tinha levantado e tava colocando o jeans, eu fui lá e o beijei.
- Bom dia, amor - eu disse.
- Bom dia - ele me cumprimentou e depois eu fui pra cozinha fazer nosso café da manha. Quando ele entrou na cozinha eu tava terminando de fazer o café. Ele foi fazer um sanduíche pra mim e outro pra ele, ele já tava terminando quando o Ez entrou na cozinha.
- Bom dia - ele disse.
- Bom dia - Jacoby e eu dissemos ao mesmo tempo. Ele pegou uma xícara, se serviu de café e foi fazer uns lanches pra ele e pro Win. Quando eu e o Jacoby terminamos nosso café eu fui até a geladeira e peguei o suco de laranja que o Win sempre preparava pra mim.
- Vamos? - ele me perguntou.
- Vamos - eu disse e me despedi do Ez.
Nós fomos de carro pro colégio - outra coisa que tava virando uma rotina, o Jacoby dizia que assim dava pra gente conversar, coisa que na moto não dava.
- Preparada pra viagem amanha? - ele me perguntou.
- Preparadíssima - respondi, animada e a gente riu - sério, eu não vejo a hora de viajar com você, ver sua banda e o Avenged tocando juntos e tals.
- Só não vá se apaixonar pelo The Rev.
- Ahhhhh eu tenho uma paixão secreta por ele, já te disse - eu disse, rindo.
- Ahh - ele fez cara triste, brincando comigo - se for assim, eu não vou te apresentar pra ele - ele disse e eu fiz biquinho.
- Ahh, nãããããão, você tem que apresentar ele pra mim.
- Ai o que eu não faço por você.
- Eeeeeeeeeee - eu gritei - vou conhecer o Jiiiiiiiiimmy - eu disse e o Jake riu.
- Aff Gabi, você fala como se o Jimmy fosse melhor que o Tony ou o Dave.
- E não é? - eu disse, zoando ele - o Jimmy é perfeito, o melhor baterista da atualidade.
- Mais o Tony tem estilo próprio e o Dave é... bom é o Dave, enquanto o Jimmy...
- Não se atreva a falar mal do Jimmy, Shaddix.
- Só se você não falar do Tony nem do Dave.
- Combinado.
- Combinado - ele disse. Eu estava muito feliz, nossa relação estava voltando ao normal, ele sabia que eu estava brincando quando eu falava do The Rev. Quando nós chegamos à minha escola ele me deu um selinho e eu desci do carro. Subi e fui ao banheiro e logo depois fui pra sala pra ver a cena que eu via todas as manhas desde que eu entrei nesse colégio – o Beto e a Dani se pegando.
-  Aff de novo não! – eu disse – que droga vocês dois, não tem outro lugar pra fazer isso, não?
- Aiai Gabs, eu pensei que agora que você ta namorando você iria ficar menos rabugenta e deixar a gente em paz – o Beto disse, suspirando.
- Ai amores, eu nunca vou deixar vocês em paz, eu vou ser o carma de vocês pra sempre – eu disse rindo.
- Que droga Gabs, eu já sabia disso, mais não precisava falar – ele disse, fingindo estar triste. Nós três rimos.
- Beto, amor da minha vida, enche minha garrafinha, por favor? – a Dani pediu, olhando pra mim.
- Ahh, amor, sério?
- Sério – ela disse, fazendo biquinho.
- Tá bom, tá bom – ele deu um selinho nela e pegou a garrafinha.
- Enche a da Gabi também – ela disse, piscando inocente (ela sabia que ele odiava encher garrafinhas). Ele saiu bufando e nós duas rimos – Agora dona Gabriela, me conte o que tá acontecendo de errado, porque esse olhar não me engana.
Droga, eu tinha esquecido que a Dani me conhecia como ninguém, aliás, não só a mim, mas a todas nós. Era ela que sempre reparava em quem tava triste e descobria o que havia de errado.
- Ai Dan, o Jake me viu conversando com o Dani – eu disse e contei, resumidamente, pois o Beto devia estar voltando a qualquer momento, o que tinha acontecido no dia anterior até a manha de hoje.
- Sei – e ela não pode completar, pois o Beto chegou com as garrafinhas. Ele olhou pra gente e, apesar de ser mais lento, ele percebeu que tinha algo errado e eu tinha contado pra Dani.
- O que aconteceu? – ele perguntou – Aquele idiota fez algo contra você?
- Não amado, foi o Dani que só aparece pra ferrar minha vida – eu disse – Mais eu não quero falar sobre isso mais.
- Tá – ele concordou. Eu olhei pra Dani e sorrimos. O Beto sempre perguntava o que estava de errado, mais sempre se contentava com um ‘To bem’ ou ‘Não quero falar sobre isso’. Nós três começamos a conversar sobre uns filmes que a gente queria assistir. Nós estávamos combinando de ir pra minha casa pra assisti-los, como da ultima vez. A gente queria assistir “O Besouro Verde”, “Capitão América” e o “Homem de Ferro”.
- Então tá combinado, sexta que vem a gente vai pra minha casa e assiste aos filmes – eu disse.
- Beleza – o Beto disse – quando o resto do povo chegar a gente avisa.
- GAAAAAAAAAAAAABS – o Mi chegou, gritando e vindo me abraçar – VOCÊ VAI COMIGO NÃO VAI?
- Aonde, meu filho? – eu perguntei, não entendendo nada.
- NO SHOW – ele continuou gritando.
- DE QUEM? – agora quem tava gritando era eu.
- DO ESCAPEEEEEEEEEE.
- MAAAAAAAANO, MENTIRA QUE ELES VÃO VIR PRO BRASIL! EU VO VER O CRAIG? E O MAX? E O BRY? O KEV? E O ROB? AAAAAH EU VO MORRER.
- Sabia que você iria comigo – ele disse.
- Mais claro que eu vo – eu disse – não perderia esse show por nada. Quando é?
- Dia 23 de Dezembro.
- Já começou a vender os ingressos?
- Já sim – ele disse – eu vo comprar o meu ingresso amanha.
- Putz, amanha não dá pra eu ir – eu disse – eu vo viajar com o Jake.
- Quer que eu compre o seu ingresso?
- Queeeero – eu disse – Quanto é?
- R$ 50,00 a meia.
- Compra o meu e ai segunda eu te do o Money, beleza?
- Belezinha, Gabs – ele disse – e me da a sua carteirinha também, para eu comprar a meia.
- Ok – eu disse – Ow, semana que vem a gente vai pra minha casa, vamos vocês dois ae?
- Assistir filminhos? – a Lu perguntou.
- Sim, senhorita – o Beto confirmou.
- Vamos sim – a Lu respondeu – Né, Mi?
- Opa, claro que sim.
- Agora só falta avisar a Bia, a Duda e... – eu disse, com um olhar maligno.
- E? – os meninos perguntaram ao mesmo tempo.
- Nãããão – a Dani falou.
- Sério? – a Lu completou.
- Aham – eu disse, concordando.
- Quem vocês vão chamar criaturas de Zeus? – o Beto perguntou, entrando em desespero.
- E eu já to curiosíssimo – o Mi falou, fingindo cara de desespero.
-  Pensem, meninos, quem é a única que não tem namorado? E quem é a única por quem nós podemos fazer algo?
- Vocês vão chamar o Gu? – o Mi perguntou.
- Claro que sim – eu respondi, sorrindo.
- Não acredito – o Beto disse, rindo também,
- Caracas vocês são doidas – o Mi disse.
- Claro que não, Mi – eu disse – a Duda é apaixonada pelo Gu e o Gu é apaixonado pela Duda. Só que ela acha que ele pensa nela só como amiga e ele não têm coragem de falar o que sente. Então, eu resolvi dar um empurrão, não aguento mais ver minha amiga sofrer por causa disso.
- E ai você resolveu bancar o Cupido? – o Beto perguntou – Gabi, minha amiga, isso não vai dar certo.
- Vai sim, senhor Roberto e sabe por quê?
- Por quê?
- Porque eles se amam – eu disse, fazendo coração com as mãos.
- Você é tão romântica, Gabi.
- Eu não – eu disse, constrangida – só quero ver minhas amigas felizes.
- Outra coisa.
- Fale Beto.
- O Pedro vai vir pro seu niver.
- Acho que vai. Eu o chamei e pedi pra Bia falar com ele. Por quê?
- Só pra saber.
- Então tá – eu disse – Ah! Ninguém conta pra ela que o Gu vai, senão ela não vai.
- Beleza – eles responderam.
Depois de uns minutos as meninas chegaram e nós falamos pra elas que a gente tava pensando em ir pra minha casa e elas falaram que iriam. Agora era só chamar o Gu e deixar as coisas rolarem. Mais eu só iria me preocupar com isso depois da minha viagem com o Jacoby.

Parte IV
- Amor, pegou tudo? – Jake me perguntou, quando estávamos prestes a sair.
- Acho que sim – eu respondi, revendo mentalmente a lista de coisas que eu precisava levar comigo na frente: celular, fones, carteira, tudo dentro da bolsa. O Jake tinha comprado chiclete pra gente, já que eu e ele éramos viciados em trident de melancia.
- Beleza, vambora?
- Bora – eu disse, e completei só pra provocá-lo – Quero ver o Jimmy logo.
- Aff – ele bufou – nem vem com essa história de Jimmy, não – ele disse, fingindo estar irritado.
- Sabia que você ia dizer isso – eu disse, rindo.
- Ahaaaa! Foi só pra me provocar, então? – ele disse e eu concordei, ainda rindo. Ele começou a andar na minha direção e quando ele chegou perto começou a fazer cócegas em mim.
- Nossa, vocês parecem dois adolescentes – o Ez disse, rindo.
- Ez, amor, você esqueceu que eu sou uma adolescente? – eu perguntei, rindo.
- É, mais o Jake não.
- Outch.
- Desculpa amigo.
- Imagina.
- Aiai, amor, vamos? – eu perguntei.
- Bora – ele respondeu – Tchau caras, até a volta – ele se despediu dos meninos com um abraço.
- Tchau meus amores – eu me despedi deles, com um abraço e um beijo na bochecha. Eu e o Jake subimos no SUV dele e partimos para a cidade dele. Era uma cidadezinha pequena, a poucas horas de onde morávamos. Eram 10 horas quando saímos da casa dos meninos, quando foi chegando perto da uma nós começamos a sentir fome e decidimos parar para almoçar.
Nós paramos num pequeno restaurante na beira da estrada, chamado “Bella Itália”, era de uma família italiana [n/a: Mais você jura? Hahahahahah]. A comida era uma delicia, ficamos lá por, pelo menos, uma hora. Foi um dos almoços mais divertidos.
- Falta muito, Jake? – perguntei pra ele, depois de mais três horas dentro do carro.
- Não amor, já é na próxima saída.
- Nossa isso porque você falou que era perto.
- É, normalmente eu faço o caminho em 4 horas, mais hoje eu tava com uma carga especial, tinha que ser mais cuidadoso.
- Owwwn, que lindo.
- Eu sei que eu sou lindo.
- Aff, não precisa se achar também, né, Jacoby?
- Eu não me acho, eu sou achado.
- Nossa frases clichês, please – eu disse, rindo.
- Aiai, quando a gente começou a namorar eu não te disse que eu era totalmente clichê, não?
- Não, amor, você não disse.
- Ahh! Pois está dito agora – ele disse e piscou pra mim.
- Aff, se eu soubesse... – eu comecei e olhei pra ele – eu teria aceitado namorar você do mesmo jeito – eu completei e ele fingiu um suspiro.
- Ainda bem – ele disse e a gente riu – Mais uns dez minutos e a gente tá na minha casa – ele disse. Nós ficamos em silêncio o resto do caminho. A cidade em que o Jake morava era muito bonita, as casas bem antigas, era raro ver um prédio... Sim, eu podia ver o porquê dele e dos meninos da banda amarem tanto aquela cidade.
- Nossa, é muito lindo aqui – eu disse.
- É... – ele disse, parando em frente á uma casa – bom... Aqui é minha casa.
- De novo... Nossa, é muito lindo aqui – eu disse.
- É eu amo aqui... Tipo, eu gosto da cidade que vocês moram e tals, mais meu coração pertence a essa cidade.
- E eu posso ver porque você gosta daqui... É um lugar perfeito pra morar.
- Eu sei... Minha cidade é linda.
- É mesmo.
- Bom a gente só vai deixar as malas aqui e ir pro estudio, onde eu e os meninos estamos ensaiando e mais tarde, depois do show, a gente vai sair com o pessoal do Avended.
- AH MEU ZEUS! EU VOU CONHECER O JIMMY HOJE - eu disse.
- É - o Jake resmungou e eu ri.
- Amor, sabe que eu te amo, né? Mesmo o Jimmy sendo lindo, perfeito, o melhor baterista e...
- Você tá me deixando deprimido, Gabi.
- É brincadeira, eu te amo muito, muito. - eu disse, dando um selinho nele. Nós entramos na casa dele e deixamos nossas malas lá e ele me mostrou, rapidamente, a casa. Que era bem simples: dois quartos (o dele e um que tinha um mini estudio), a sala e a cozinha. Depois nós fomos para o estudio onde eles iam ensaiar mais um pouco... E bem, não tenho nem o que falar, eu nunca tinha visto eles tocarem e tals, não vou nem falar, porque, vamos combinar? Eles são perfeitos e o meu Jacoby canta muuuuuuuito bem. Aiiii, eu o amo D-E-M-A-I-S.
- Bom, vambora? - o Tony falou - Agora é passar em casa, tomar um banho e ir pro show.
- É - o Jake disse - tá tudo certo pra depois do show, né? - ele perguntou pros meninos.
- Aham - os meninos responderam.
- Beleza, então - ele disse - até mais.
- Até mais, meninos - eu disse e eles acenaram pra gente.
- Eai, gostou do ensaio? - ele me perguntou.
- O que? Foi uma bosta, eu detestei... - eu disse e olhei pra ele e comecei a rir com a cara assustada dele - brincadeirinha, eu amei, vocês são muito bons.
- Nossa, fiquei com medo agora - ele disse, fazendo biquinho, o qual eu dei um beijinho.
- Amor, o Papa Roach é minha banda preferia, pra mim vocês nunca vão tocar mal - eu disse. Ele abriu a porta do carro pra mim e me deu um selinho.
- Own, que fofo amor, não sabia que era a sua banda favorita.
- Mais é... - eu disse - agora bora mudar de assunto? Qual é a música nova de vocês? A que vocês iam ensaiar mais não ensaiaram?
- Ahhh! Isso é surpresa.
- Me coooooonta, Jakeee, por favor?
- Nop - ele disse - não vou te contar não... não ta pronta, só tem uns pedaços prontos, preciso terminar de escrever ainda.
- Mais então porque o Tony perguntou de vocês podiam ensaiá-la?
- Porque ele é idiota, queria que você soubesse da música.
- E não era pra eu saber?
- Não agora... Era uma surpresa.
- Ahm, então tá.
- Antes de sair, o Win me disse que você tinha uma coisa pra me falar - ele disse, de repente e eu fechei os olhos e respirei fundo - Nossa, é muito grave?
- Não é grave, foi uma coisa chata que meus pais me disseram, a respeito de nós dois, no dia que você me viu falando com o Dani, ai eu não quis te contar porque você tava todo complexado por causa disso e meus parentes falaram para os meus pais exatamente o que você me disse - eu disse.
- Que eu sou muito mais velho que você?
- É... Que nunca vai dar certo isso que a gente tem, que eu não devia ficar com você, nem que você fosse o ultimo cara do mundo...
- Nossa, eles foram bem diretos, hein?
- É, mais eu não ligo para o que eles dizem, porque eu te amo muito.
- Eu sei.
- Você não vai dar piti de novo, né? Igual você fez quando me viu falando com o Dani?
- Não... Porque eu sou muito egoísta pra me separar de você, pra ficar longe de você. Eu te amo muito e sei que você me ama.
- Nossa, ainda bem. Eu fiquei com medo de te contar, com medo de você me deixar, pensando que eu vou te deixar como a Kelly fez.
- Eu não vou pensar isso, nunca mais. Eu sei que você me ama.
- Então tá... Chega desse assunto, ok?
- Ok - ele disse. Ele colocou Led Zeppelin pra tocar e fomos cantando e rindo o resto do caminho, até a casa dele. Quando chegamos eu fui tomar banho e me trocar. Coloquei uma camiseta regata branca (é, não ia colocar uma camiseta do Avenged e nem do Papa Roach, né?), um jeans skeanny e meu all star, deixei meu cabelo solto e passei um lápis no olho, o rimel e gloss nos lábios. E como tava meio frio, peguei uma camisa xadrez do Jake (que cabia duas de mim) e coloquei.
- Jake, peguei uma camisa sua tá bom?
- Tá - ele disse, aparecendo na porta do quarto. Ele tava com uma calça jeans preta, uma camiseta do Ramones e um tênis adidas e o cabelo dele ainda tava molhado do banho.
- Nossa - eu disse - você tá lindo, amor.
- Você também tá, amor - ele disse, entrando no quarto e vindo me abraçar - Vamos? Ou nós vamos chegar atrasados no show.
- Bora - eu disse e nós saímos. O lugar do show era, mais ou menos, a 40 minutos da casa do Jake. Quando a gente chegou, fomos para o camarim deles, como o espaço não era muito grande, as duas bandas estavam dividindo o camarim. Então, quando a gente entrou o Jimmy (*-*) tava lá.
- Pronto amor - Jake disse - agora você já conhece o The Rev - ele completou, quando me apresentou pra ele.
- Nossa, Jimmy, eu sou sua fã - eu disse - acho que você é um dos melhores bateristas da atualidade.
- É, acha mesmo - o Jake disse, seco e eu ri.
- Nossa, amor, você sabe que eu te amo, né? Pra mim você é o melhor cantor - eu disse, dando um beijo na bochecha dele e ele deu um sorrisinho.
- Humpf! Sei... – ele disse, apesar do sorriso que eu tinha visto no rosto dele.
- Eita Jake, relaxa - o Matt disse, rindo - O The Rev tá mais pra você do que pra Gabi - ele completou e todo mundo tava rindo, menos o Jimmy.
- Aff, nem é - ele disse, fazendo biquinho - eu to mais pra você Matt - ele disse - e eu sei que você tá pra mim - ele completou, indo abraçar o Matt.
- Creedo - Shadows gritou - sai de perto de mim, eu não te quero mais - ele tava corendo e se escondeu atrás do Johnny. O que foi engraçado, já que ele era mais bem alto que o pequeno polegar.
- Vamos lá fora um pouco? - o Jake perguntou e eu concordei e a gente saiu. Ele me levou pra um espaço aberto, onde não tinha ninguém. Pelos meus cálculos esse lugar era em cima do camarim dos meninos. A gente podia ver uma boa parte da cidade de lá.
- Nossa Jake, bem legal aqui, hein?
- Muito - ele disse - Lembro de quando eu era garoto, eu me esgueirava e vinha aqui e ficava olhando pra cidade durante horas. Ai quando os meninos e eu montamos a banda, meu sonho era tocar aqui, mais nunca tivemos oportunidade, ai quando veio o convite pra gente tocar com os caras do Avenged, nós agarramos a oportunidade. Principalmente eu, que sempre tive esse sonho.
- Own, que bonitinho, Jake - eu disse, abraçando ele.
- É, cara, eu não vejo a hora de tocar, sabe? Acho que eu sou o mais ansioso de todos, fora de brincadeira.
- Você tá parecendo bem relaxado pra mim.
- Só por fora, amor. Por dentro eu to "subindo pelas paredes" - ele disse, fazendo aspas com os dedos nas ultimas palavras.
- Ah! Acho que se fosse eu a tocar com os meninos do Avenged eu estaria assim - eu disse, pra descontrair o clima.
- Aiai, eu não vejo o que você vê nesses meninos, eles são sem graça.
- Não são, mas... Não quero discutir.
- Ok - ele disse e nós ficamos mais uns cinco minutos ali, conversando e olhando pra cidade. Até que alguém da produção veio chamar ele, pois já iria começar o show.
E foi o melhor show que eu fui... mais tinha como não ser? As minhas duas bandas favoritas tocando juntas era o sonho de qualquer um. Eles tocaram tanto músicas de uma banda como as da outra. Foi perfeito. E depois a gente foi em um barzinho perto da casa de shows. O ambiente era muito legal. Era de pedras, parecia uma caverna, por fora e por dentro então, era lindo. Os bancos eram de tronco mesmo e a mesas também. Nós ficamos lá até umas 4 da manha, foi bem divertido, sair com meus ídolos e tals e com meu namorado.
No outro dia acordamos cedo e ele me levou pra conhecer a cidade, já que no dia anterior chegamos quase na hora do show e não conseguimos ver muito.
Ele me levou em um parque, que ele costumava ir com os amigos e depois me levou pra almoçar na casa dos avós deles, uns amores. Quando chegamos em casa, fui arrumar minha mochila e ele a dele. Quando terminamos colocamos tudo no carro e pegamos a estrada de volta. Não tinha como essa viagem ser mais perfeita. Foi um dos melhores fins de semana da minha vida, senão o melhor.




Bom... Acho que era só isso...


XD